Fábrica da Alstom: a Alstom tem reiterado que enfrenta acusações no Brasil "relativas à não-conformidade com leis e regras de competição" (VEJA SP)
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2014 às 09h44.
São Paulo - O criminalista Celso Vilardi, que defende Robson Marinho, disse que não ia comentar a revelação sobre o cartão de abertura da conta do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado porque não teve acesso ao documento.
"Não sei a fonte e não vou comentar antes 'e ter acesso. Não tenho conhecimento sobre papéis enviados pela Suíça com citações ao conselheiro", observou Vilardi.
Ele destacou que Marinho "jamais julgou ou participou de qualquer julgamento do projeto Gisel". O advogado afirmou que o ex-chefe da Casa Civil do governo Mário Covas "só se manifestou (como conselheiro de contas) sobre a garantia (dos equipamentos), o que ocorreu anos depois do contrato do projeto Gisel".
"Ele (Marinho) não tem nada a ver com isso", enfatiza Vilardi. "Os fatos apontados na denúncia (da Procuradoria da República) aconteceram quatro anos antes de ele julgar a extensão de garantia que passou no TCE. As datas não batem. Marinho está sendo acusado de receber valor em 1998, quando nem existia ainda a questão da extensão da garantia. Me causa surpresa porque ele jamais julgou o projeto abordado na denúncia, apenas uma extensão de garantia que foi feita anos depois do contrato."
A advogada Dora Cavalcanti, que defende o empresário Sabino Indelicato, informou que ele e Marinho são amigos há muitos anos e sócios em empreendimentos imobiliários em São José dos Campos (SP).
"Indelicato permanece, como sempre, à disposição da Justiça e confiante de que irá provar sua inocência." Ela disse que também não teve acesso a documentos enviados pela Suíça.
A Alstom tem reiterado que enfrenta acusações no Brasil "relativas à não-conformidade com leis e regras de competição". A empresa destaca que "tem implementado, em toda a sua organização, regras estritas de conformidade e ética que devem ser aderidas por todos os funcionários".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.