Brasil

Defesa de Dilma no TSE pede que empresas sejam ouvidas

Os advogados da petista pedem ainda que seja feita uma perícia contábil complementar e que a PF tome os depoimentos dos responsáveis pelas empresas

Dilma: os pedidos foram encaminhados ao ministro Herman Benjamin, relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Dilma: os pedidos foram encaminhados ao ministro Herman Benjamin, relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 20h42.

A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) protocolou nos últimos dias 3 e 6 de fevereiro no TSE duas petições afirmando haver falhas na perícia contábil e no relatório da Polícia Federal que apontou a existência de "laranjas" que teriam sido usados para desviar recursos da campanha da chapa Dilma-Temer nas eleições 2014.

Os advogados da petista pedem ainda que seja feita uma perícia contábil complementar e que a Polícia Federal tome os depoimentos dos responsáveis pelas empresas subcontratadas na campanha.

Os pedidos foram encaminhados ao ministro Herman Benjamin, relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer na Corte Eleitoral.

Para a defesa da ex-presidente, não foram considerados pelos os documentos fiscais e de conhecimento de transporte "que atestam, de forma inquestionável, que todo o material produzido pelas gráficas Focal, VTPB e Red Seg foi entregue e utilizado pela campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer", diz a nota divulgada pelo advogado Flávio Crocce Caetano.

Defesa

"No que se refere ao relatório feito pela Polícia Federal, a defesa de Dilma Rousseff levantou inúmeros exemplos de inconsistências sobre a matéria eleitoral, apontando que não foi considerado o valor exato pago pela campanha Dilma-Temer (e sim toda a movimentação financeira das gráficas - que envolve outros clientes, até o PSDB), além de desconsiderar a efetiva subcontratação de serviços por outras empresas", segue o texto.

Diante disso, a defesa da petista pede que a PF esclareça os pontos questionados e que fossem feitas novas diligências nas empresas subcontradas pela campanha: Margraf, Ultraprint, Vitalia, Paperman e CRLS).

Na solicitação, os advogados pedem que sejam colhidos os depoimentos de Rodrigo, Rogério e Edson Zanardo (da Red Seg), Beckembauer Rivelino (VTPB) e Carlos Cortegoso ( Focal).

"Por último, sustentou a defesa de Dilma Rousseff já estar demonstrado no processo, com inúmeros documentos, que as gráficas produziram e entregaram todo o material contratado para a campanha de Dilma e Michel Temer e que eventuais questões referentes a estrutura societária, relações comerciais e trabalhistas, ou de engenharia tributária-fiscal das gráficas periciadas devem ser objeto de ações autônomas, em instância própria, que não a Justiça Eleitoral", conclui a nota

Acompanhe tudo sobre:CassaçõesDilma RousseffMichel TemerTSE

Mais de Brasil

Defesa de Collor reitera pedido por prisão domiciliar com atestado de Parkinson e transtorno bipolar

Gilmar Mendes retira pedido e julgamento de Collor segue no plenário virtual

Bolsonaro segue na UTI, 'sem febre ou alterações da pressão', diz boletim médico

Desaceleração no fim de 2024 faz Brasil cair seis posições em ranking global da produção industrial