Rousseff: excluindo-se as delações da Odebrecht, os ministros analisam um acervo de mais de 50 depoimentos (REUTERS/Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de junho de 2017 às 14h38.
Última atualização em 8 de junho de 2017 às 15h08.
Brasília - A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff comemorou nesta quinta-feira, 8, a posição contrária de três ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao exame das delações da Odebrecht no julgamento da ação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer.
"Os ministros estão sensíveis ao que sempre dissemos. Houve uma extrapolação do objeto da ação", afirmou o advogado Flávio Caetano.
Caetano observou que as posições dos ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Tarcísio Vieira e Admar Gonzaga Neto, que rejeitaram os fatos da chamada "fase Odebrecht" são ainda indicativos da votação do mérito da ação no colegiado de sete membros.
"É claro que essas posições são vistas como uma sinalização", disse o advogado. "A campanha da presidente foi regular e legítima. O tribunal reconheceu os 54 milhões de votos dados a Dilma Rousseff."
O advogado disse que, excluindo-se as delações da Odebrecht, os ministros analisam um acervo de mais de 50 depoimentos e três anos de investigações. "A fase pré Odebrecht já foi uma devassa na campanha de Dilma e Temer", disse.