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Defesa de Cunha pede mais tempo para se retratar ao STF

Há duas semanas, o presidente da Câmara foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato


	Defesa de Eduardo Cunha pediu mais 15 dias, alegando que o MP deixou de juntar documentos da investigação e precisa analisá-los
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Defesa de Eduardo Cunha pediu mais 15 dias, alegando que o MP deixou de juntar documentos da investigação e precisa analisá-los (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2015 às 17h29.

Brasília - A defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu hoje (31) mais 15 dias para apresentar defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF). Há duas semanas, Cunha foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.

Desde a semana passada, quando o deputado foi notificado sobre a apresentação da denúncia, os advogados têm 15 dias para enviar a manifestação, prazo que termina no dia 9 de setembro.

No entanto, a defesa pediu mais 15 dias, alegando que o Ministério Público deixou de juntar documentos da investigação e precisa analisá-los.

Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Eduardo Cunha recebeu US$ 5 milhões para viabilizar a contratação de dois navios-sonda pela Petrobras, junto ao estaleiro Samsung Heavy Industries em 2006 e 2007.

O negócio foi formalizado sem licitação e ocorreu com intermediação do empresário Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que está preso há nove meses em Curitiba, e do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Todos são investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

O caso foi descoberto após depoimento de Júlio Camargo, que fez acordo de delação premiada. De acordo com a denúncia, Camargo também participou do negócio e recebeu US$ 40,3 milhões da Samsung Heavy para concretizar a contratação.

A denúncia foi rebatida com “veemência” por Cunha, que chamou de “ilações” os argumentos apresentados por Janot. Na época, o deputado se disse inocente e aliviado, “já que o assunto passava para o Poder Judiciário”.

Depois de receber a manifestação da defesa de Cunha, o ministro Teori Zavascki vai elaborar seu voto e levá-lo a julgamento no plenário do STF. Se a maioria dos ministros entender que existem provas para abertura da ação penal, Cunha passará à condição de réu.

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