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Defesa de Cunha faz 41 perguntas a Temer na Lava Jato

Defesa de Cunha enviou 41 perguntas a serem feitas a Michel Temer, arrolado como testemunha de defesa do ex-deputado na Lava Jato

Temer e Cunha: presidente optou por responder aos questionamentos por escrito (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Temer e Cunha: presidente optou por responder aos questionamentos por escrito (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 11h31.

São Paulo - A defesa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) encaminhou na sexta-feira, 25, ao juiz Sérgio Moro, uma lista de 41 perguntas ao presidente da República Michel Temer (PMDB), arrolado como sua testemunha de defesa na ação penal que responde na Lava Jato, em Curitiba.

Preso preventivamente desde o dia 19 de outubro e com sua família investigada na Lava Jato, o peemedebista faz perguntas ao presidente sobre assuntos que vão desde as indicações para a Petrobras, passando por disputas internas e divisão de poder no PMDB, até as indicações para a presidência da estatal Furnas e da vice-presidência do fundos de governo e loterias da Caixa Econômica Federal.

Cabe ao juiz Moro encaminhar os questionamentos à Presidência da República. Como ficou acertado antes, Temer optou por responder aos questionamentos dos advogados de Cunha por escrito, uma das possibilidades previstas para as testemunhas arroladas pelos réus.

O ex-presidente da Câmara e responsável por aceitar o pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT) também chamou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como sua testemunha. No caso do petista, o depoimento será por videoconferência.

Nesta ação penal, Cunha é acusado pela Procuradoria da República de ter recebido, entre 2010 e 2011, propinas relacionadas à aquisição, pela Petrobras de um campo de petróleo em Benin. O ex-presidente da Câmara é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas pela manutenção de contas secretas na Suíça que teriam recebido propina do esquema na Petrobrás.

A ação já havia sido aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho. O processo foi remetido para a primeira instância em Curitiba, pois Cunha perdeu foro privilegiado desde que foi cassado pela Câmara, por 450 votos a 10, no dia 12 de setembro. Com isso, o Supremo remeteu esta ação contra o peemedebista para a Justiça Federal em Curitiba, sede da Lava Jato.

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