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Defesa de Cunha estuda pedir revisão criminal ao STF

Na sessão de hoje, a maioria dos ministros do STF absolveu o ex-deputado da condenação por lavagem de dinheiro


	João Paulo Cunha: ele foi condenado por ter recebido R$ 50 mil, liberados pelo publicitário Marcos Valério e pagos em agência do Banco Rural de Brasília, em 2003
 (Renato Araújo/Agência Brasil)

João Paulo Cunha: ele foi condenado por ter recebido R$ 50 mil, liberados pelo publicitário Marcos Valério e pagos em agência do Banco Rural de Brasília, em 2003 (Renato Araújo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 18h44.

Brasília - O advogado do ex-deputado federal João Paulo Cunha, Alberto Toron, disse hoje (13) que estuda entrar com pedido de revisão criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar a absolvição de Cunha dos crimes de corrupção passiva e peculato.

Na sessão de hoje, a maioria dos ministros do STF absolveu o ex-deputado da condenação por lavagem de dinheiro. As penas foram definidas na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

Segundo Toron, a defesa analisa o momento adequado para entrar com a revisão no STF, que será redigida com cuidado e embasamento. A defesa não descartou questionar as condenações na Corte Interamericana de Direitos Humanos.

“O mensalão, na verdade, não acabou. É importante lembrar que o deputado João Paulo Cunha foi acusado da prática de quatro crimes, dois dos quais ele foi absolvido e, em relação aos outros dois, remanesceu condenado. Portanto, é perfeitamente possível que nós estudemos novas medidas”, argumentou a defesa.

Apesar de ser absolvido da pena de três anos de prisão por lavagem de dinheiro, Cunha está preso no Presídio da Papuda, no Distrito Federal, e cumpre seis anos e quatro meses em função das condenações por corrupção e peculato, penas para as quais não cabem mais recursos.

Cunha foi condenado por ter recebido R$ 50 mil, que foram liberados pelo publicitário Marcos Valério e pagos em uma agência do Banco Rural de Brasília, em 2003.

Na época, o ex-deputado ocupava a presidência da Câmara dos Deputados e enviou a mulher para sacar o dinheiro. Segundo o STF, o dinheiro foi pago para favorecer as empresas do publicitário em contratos com a Casa. A pena de lavagem não foi executada em função do julgamento do recurso.

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