Brasil

Defesa de Cerveró desiste de indicar Dilma como testemunha

Defesa pediu a intimação do ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli como testemunha, e desistiu do pedido feito para que Dilma também fosse intimada


	José Sergio Gabrielli: Gabrielli, que presidiu a estatal entre 2005 e 2012, foi indicado como testemunha
 (ABr)

José Sergio Gabrielli: Gabrielli, que presidiu a estatal entre 2005 e 2012, foi indicado como testemunha (ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2015 às 16h36.

São Paulo - A defesa do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró solicitou à Justiça a intimação do ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli como testemunha no processo a que responde por suposto recebimento de propina quando era diretor da empresa e desistiu do pedido feito mais cedo para que a presidente Dilma Rousseff também fosse intimada.

Cerveró é acusado de corrupção por ter supostamente recebido propina na compra de navios-sonda da Petrobras. O ex-diretor nega as acusações e, em defesa encaminhada por escrito à Justiça, seu advogado pede sua absolvição e extinção do processo.

Argumenta também que a Justiça Federal do Paraná é incompetente para julgar o caso porque, segundo o Ministério Público Federal, os crimes teriam acontecido no Rio de Janeiro.

A defesa de Cerveró havia pedido que a presidente fosse intimada como uma de sua testemunhas, mas enviou outro pedido à Justiça Federal do Paraná desistindo do pedido alegando que a contratação dos navios-sonda foi tomada diretamente pela diretoria da Petrobras, sem passar pelo Conselho de Administração da Petrobras, presidido por Dilma entre 2003 e 2010.

Já Gabrielli, que presidiu a estatal entre 2005 e 2012, foi indicado como testemunha junto a outras sete pessoas. Cerveró está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde 14 de janeiro.

O Ministério Público pediu sua prisão por entender que o ex-diretor seguiria cometendo crimes ao fazer transferências patrimoniais no que seria, de acordo com a Procuradoria, uma manobra para ocultar recursos de origem ilícita.

A Justiça já denunciou 39 pessoas na operação Lava Jato. Além de Cerveró, foram denunciados o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e 23 pessoas ligadas a seis das maiores empreiteiras do Brasil.

Segundo depoimento feito à Justiça por Costa, que assinou acordo de delação premiada em troca de redução da pena, as empeiteiras teriam formado um cartel nos contratos com a Petrobras, que seriam firmados com sobrepreço.

Em troca, diretores da estatal, operadores do esquema políticos e partidos receberiam propina. Entre os partidos citados por Costa em seu depoimento estão PT, PP e PMDB.

A Procuradoria-Geral da República montou uma força-tarefa para analisar o envolvimento de políticos com prerrogativa de foro junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas o procurador-geral, Rodrigo Janot, só deve apresentar eventuais denúncias ao Supremo após a volta do recesso do Judiciário em fevereiro.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasDilma RousseffEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoJustiçaOperação Lava JatoPersonalidadesPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Enem 2024: prazo para pedir reaplicação de provas termina hoje

Qual é a multa por excesso de velocidade?

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi