Brasil

Defesa de Bolsonaro pede a Moraes acesso a depoimento de Cid no caso das joias

Cid foi preso preventivamente sob a suspeita de integrar um esquema de falsificação de cadernetas de vacinação que teria beneficiado o ex-presidente

Moraes: Ministro do STF é o relator do caso (Carlos Moura/SCO/STF/Flickr)

Moraes: Ministro do STF é o relator do caso (Carlos Moura/SCO/STF/Flickr)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 1 de setembro de 2023 às 17h41.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso à íntegra dos depoimentos prestados na quinta-feira (31) à Polícia Federal no inquérito das joias, entre eles o do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

No dia 15 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso, já havia concedido à defesa o acesso aos elementos de prova registrados no processo.

Fique por dentro das últimas notícias no Telegram da Exame. Inscreva-se gratuitamente

"Nesse contexto, é indubitável que os termos de declarações de oitivas já realizadas constituem elementos já efetivamente documentados, tornando-se, assim, imperiosa a concessão de acesso imediato a esses documentos", argumenta a defesa feita pelo advogado Paulo Amador da Cunha Bueno.

Ainda segundo a defesa, "diante do significativo progresso nas investigações, notadamente com a obtenção de depoimentos cruciais ocorridos ontem, requer-se a autorização para a atualização dos autos, permitindo o acesso integral aos termos de declarações relativos às oitivas realizadas em 31 de agosto de 2023".

Próximo a Bolsonaro, Cid foi preso preventivamente em maio durante operação que mirava outro escândalo, sob a suspeita de integrar um esquema de falsificação de cadernetas de vacinação que teria beneficiado o ex-presidente e seus familiares. Desde então, ele segue detido no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília.

Nesta quinta-feira, o ex-ajudante de ordens foi ouvido pelos agentes sobre um suposto esquema de desvio de joias e relógios do acervo público. Pela estratégia da PF, ele prestou depoimento concomitantemente a outros investigados no caso, como o próprio Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o advogado Frederick Wassef e o pai do tenente-coronel, o general Mauro Lourena Cid.

Acompanhe tudo sobre:Jair BolsonaroSupremo Tribunal Federal (STF)Michelle Bolsonaro

Mais de Brasil

Primeiras ondas de frio chegam ao Brasil em abril — mas calor ainda deve predominar

Anvisa emite alerta sobre cremes dentais com fluoreto de estanho após relatos de lesões orais

Lula diz que Brasil prioriza negociações com governo Trump antes de aplicar reciprocidade em tarifas