Aécio: de acordo com José Eduardo Alckmin, foi uma transação particular, que não teve relação com o cargo de senador (Pedro França/Agência Senado)
Agência Brasil
Publicado em 18 de maio de 2017 às 13h40.
Última atualização em 18 de maio de 2017 às 13h42.
A defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) vai buscar ainda neste quinta-feira (18) no Supremo Tribunal Federal (STF) cópia do processo que resultou no seu afastamento do cargo na manhã de hoje e pedir para formular um requerimento de reconsideração da decisão ao ministro Edson Fachin.
A informação é do advogado de Aécio, José Eduardo Alckmin. Ele confirmou que Aécio pediu R$ 2 milhões ao dono da JBS, Joesley Batista.
Mas, segundo o advogado, foi um pedido de empréstimo para custear a defesa do senador - investigado pela Operação Lava Jato. De acordo com José Eduardo Alckmin, foi uma transação particular, que não teve relação com o cargo de senador.
"Uma operação dessas é corriqueira na esfera civil, todos nós pedimos empréstimo, afinal de contas, os juros dos bancos, vocês sabem muito bem, nem sempre são aceitáveis. Então, quem tem a oportunidade de ter um amigo que pode ajudar pede ajuda. Foi o que aconteceu", disse.
O advogado ressaltou ainda que o dono da JBS estava monitorado pela Polícia Federal, que "foi quem ditou as regras de como as coisas ocorreram".
De acordo com José Eduardo Alckmin, o senador ficou "surpreso e inconformado com o seu pedido de prisão, que, a seu ver, não está adequado à real versão dos fatos".
Para Aécio, segundo o advogado, o que houve foi uma descontextualização de sua conversa com alguém que era seu amigo.
Aécio Neves passou a manhã reunido com os advogados José Eduardo Alckmin e Rodrigo Alencastro, em sua casa, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília.
O tucano recebeu, no fim da manhã, integrantes da cúpula do PSDB no Senado. Estão reunidos com ele José Serra (SP), Antonio Anastasia (MG), o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PB), e o líder da bancada, Paulo Bauer (SC).
José Eduardo Alckmin falou com jornalistas ao deixar a casa de Aécio antes de seguir para o Supremo.