Rio de Janeiro - Para a defesa do ex-diretor Paulo Roberto Costa, a participação na CPI da Petrobras, no Senado, "será uma boa oportunidade para esclarecer as questões que têm sido colocadas de forma deturpada".
A avaliação é do advogado Nélio Machado. Segundo ele, a orientação é para que o cliente "fale sobre tudo".
"Abreu e Lima, Pasadena e também a relação com esse 'personagem' (Alberto Youssef) que citam na denúncia. Depois do que Paulo Roberto passou, acredito que até fará bem para ele falar. Ele está muito consistente, não há qualquer ponto que suscite insegurança", afirma o advogado.
"As decisões eram colegiadas e isso será dito", acrescentou.
Nélio Machado ainda negou as acusações formuladas pela Polícia Federal sobre as relações entre o ex-diretor da Petrobras e Alberto Youssef. Segundo ele, não há "qualquer relação espúria entre os dois".
"Estão fazendo de um episódio secundário algo extraordinário, midiático. A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal é precipitada, sem conteúdo e repleta de ilações sem fundamento. É uma peça de ficção", classificou.
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1. 2014 problemático
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1/11 (Galdieri/Bloomberg)
São Paulo - O primeiro trimestre ainda nem acabou, mas a
Petrobras já acumulou problemas neste período que podem valer para o ano inteiro. Entre processo de investigação de propina, preço das
ações despencando e produção de
petróleo menor, a petroleira dá indícios que não vive um bom momento. Veja, a seguir, 10 enroscos em que a Petrobras já se meteu neste ano:
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2. Investigação sobre propina
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2/11 (Sérgio Moraes/Reuters)
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3. Endividamento bilionário
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3/11 (REUTERS/Nacho Doce)
A captação de 8,5 bilhões de dólares anunciada pela Petrobras nesta semana deve impactar ainda mais o endividamento da estatal. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo,
a dívida líquida da petroleira deverá passar de 100 bilhões de dólares até 2018. De acordo com o novo plano de negócios quinquenal da Petrobras (2014-2018), 60,5 bilhões de dólares serão levantados em dívida bruta nos próximos cinco anos.
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4. Queda da produção
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4/11 (Pedro Lobo/Bloomberg News)
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5. Multa bilionária
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5/11 (REUTERS/Sergio Moraes)
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6. Ações despencaram
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6/11 (Alexandre Battibugli/EXAME)
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7. Valor de mercado menor
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7/11 (Dado Galdieri/Bloomberg)
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8. Preço do dólar divergente
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8/11 (Bruno Domingos/Reuters)
Durante evento para divulgar seu plano de investimentos para os próximos cinco anos, a Petrobras afirmou que vai trabalhar com um dólar de 2,23 reais neste ano.
A cotação média do mercado, no entanto, ultrapassa a cifra de 2,40 reais e a diferença está preocupando o mercado, que não consegue entender como a estatal chegou a esse valor.
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9. Preço do combustível
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9/11 (Divulgação/Petrobras)
A interferência do governo nos negócios da Petrobras também tem preocupado investidores, principalmente quando o assunto é o polêmico reajuste no preço do combustível.
A fim de não aumentar a inflação, o governo tem segurado os preços e a estratégia tem impactado negativamente a petroleira. A estimativa do mercado é que a empresa tenha deixado de ganhar 1,1 bilhão por não repassar alta do petróleo.
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10. Independência do governo
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10/11 (Francois Lenoir/Reuters)
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11. Agora, veja 20 empresas que dominam o país
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11/11 (AGÊNCIA BRASIL)