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Defesa apela ao STJ para tentar adiar depoimento de Lula a Moro

Depoimento está marcado para esta quarta-feira na Justiça Federal, em Curitiba

Lula: os advogados de Lula impetraram três habeas corpus no STJ para reverter decisões tomadas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Nacho Doce/Reuters)

Lula: os advogados de Lula impetraram três habeas corpus no STJ para reverter decisões tomadas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2017 às 21h37.

Última atualização em 9 de maio de 2017 às 21h50.

São Paulo - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta terça-feira uma ofensiva ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para impedir que o petista tenha que prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro na quarta-feira.

Os advogados de Lula impetraram três habeas corpus no STJ para reverter decisões tomadas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Eles querem que a corte considere Moro suspeito para julgar a ação penal, que haja a suspensão do depoimento do ex-presidente na quarta-feira para que possa haver a análise de toda a documentação do caso e ainda permita que uma equipe independente possa gravar a fala dele ao juiz.

Os pedidos foram apresentados no final da tarde desta terça-feira, a partir das 17h40, e distribuídos ao ministro Felix Fischer, relator da operação Lava Jato no tribunal. Fischer poderá, por exemplo, conceder liminar para suspender a audiência.

O depoimento do ex-presidente a Moro está marcado para as 14h da quarta-feira na 13ª Vara Federal em Curitiba e, mesmo antes de ocorrer, já é marcado pelos temores de tensões entre apoiadores do juiz e de Lula. Um forte esquema de segurança foi montado no local e o atendimento ao público será suspenso.

Mais cedo, o  juiz federal Nivaldo Brunoni, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4),  rejeitou pedido liminar da defesa do petista para suspender a ação penal e o interrogatório do ex-presidente.

“Não há razão para o deferimento de suspensão do interrogatório do paciente e sobrestamento da ação penal”, afirmou o magistrado.

Nivaldo Brunoni pontuou que “não pode passar despercebido que o interrogatório do réu, ato comum a qualquer ação penal, ganhou repercussão que extrapolou a rotina da Justiça Federal de Curitiba/PR e da própria municipalidade”.

Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo.

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