Marco Feliciano (PSC-SP): a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), a deputa evangélica Antônia Lúcia (PSC-AC), desistiu de renunciar do cargo. (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2013 às 13h25.
Brasília – O líder do PSC na Câmara, deputado André Moura (SE), disse hoje (2) que a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), a deputa evangélica Antônia Lúcia (PSC-AC), desistiu de renunciar do cargo. Ontem (1°), ela cogitou a renúncia por discordar das declarações feitas pelo presidente do colegiado, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), durante culto evangélico, na última sexta-feira (29), no município de Passo (MG).
“A deputada Antônia Lúcia teve uma conversa conosco hoje pela manhã. Ela ontem deu uma declaração mediante aquilo que foi passado para ela, mas ela conversou com deputado Pastor Marco Feliciano na noite de ontem, conversou conosco hoje, e ela vai ficar na primeira-vice-presidência da comissão”, disse Moura depois da reunião de líderes da base.
O líder do PSC considerou as declarações de Feliciano como “infelizes” e avaliou que ele deve se retratar publicamente. “Entendo que são declarações infelizes da parte dele. Acho que agora, cabe a ele fazer um pedido de desculpas oficial e, logicamente, a Mesa Diretora da Casa fará uma análise das consequências da declaração, mesmo porque, apesar de ser num culto evangélico, fez referência a parlamentares que faziam parte da comissão no ano passado e alguns que continuam fazendo parte da comissão neste ano”, ponderou Moura.
Na última sexta-feira, depois de ser alvo de protestos antes de um culto para evangélicos, Feliciano disse que antes dele chegar a presidência da CDHM a comissão era “dominado por satanás”. Ontem (1º), em sua conta no Twitter, o deputado explicou que não comparou os integrantes da comissão no passado com “satanás”, mas que o termo significa, em hebraico, “adversário e acusador”.
De acordo com o líder do PSC, a postura de Feliciano tem preocupado o partido. “É uma situação que deixa o partido incomodado, toda a bancada incomodada. As declarações do pastor também nos deixa preocupado. Mas entendo que nesse momento a coisa tomou proporções maiores que fogem da alçada da bancada e da liderança e tem que ser resolvida pela Executiva Nacional do partido e, logicamente, que pela Mesa Diretora da Casa”, frisou Moura.
Hoje estava prevista uma reunião do Colégio de Líderes com o pastor Marco Feliciano. O encontro, no entanto, foi adiado para a próxima semana porque o presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), por orientação médica, vai passar a semana em repouso em Natal (RN). Na última quinta-feira, ele se submeteu a uma operação de hérnia abdominal, em São Paulo.