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Decisão sobre doações eleitorais é para atingir PT, diz Falcão

O Supremo Tribunal Federal (STF) admitiu que doações eleitorais podem ser propina e que "caixa 1" pode maquiar irregularidades

Rui Falcão: "essa decisão de considerar doação declarada em propina é um caminho aberto para tentar atingir o PT", disse (Rui Falcão/Divulgação)

Rui Falcão: "essa decisão de considerar doação declarada em propina é um caminho aberto para tentar atingir o PT", disse (Rui Falcão/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de março de 2017 às 16h01.

Brasília - O presidente do PT, Rui Falcão, avaliou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de admitir que doações eleitorais podem ser propina é "caminho aberto" para atingir o partido.

Ao abrir ação penal contra o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) na Operação Lava Jato, esta semana, ministros da Corte acolheram tese da Procuradoria-Geral da República de que "caixa 1" pode maquiar ilegalidades.

"Essa decisão de considerar doação declarada em propina é um caminho aberto para tentar atingir o PT, em relação ao qual existe um pedido de cassação do registro baseado em supostas doações feitas no exterior", afirmou Falcão durante encontro com parlamentares.

Em agosto do ano passado, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, determinou a abertura de processo contra a sigla.

O processo tem como base a prestação das contas da campanha da presidente Dilma Rousseff e do Comitê Financeiro do PT em 2014, aprovadas com ressalvas, devido às suspeitas de irregularidades detectadas à época.

A corte eleitoral utilizou informações da Operação Lava Jato, que levantou indícios de que o esquema de desvio de recursos na estatal abasteceu o caixa da legenda.

Nesta quinta-feira, 9, o PT promove um encontro de parlamentares petistas para discutir a reforma da Previdência. O evento, que o tem como tema "Contra o Desmonte da Previdência", contou com a presença, na abertura, da líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PR), do líder da minoria no Senado, Humberto Costa (PE), do líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP) e do líder da minoria, José Guimarães (CE).

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