Brasil

Decisão do Copom dificulta política cambial, diz Fecomercio

Representantes da indústria e do comércio defendem queda dos juros e dizem que só aumento do IOF não basta para conter valorização do real

Indústria e comércio criticam decisão do Banco Central e temem valorização cambial excessiva (Arquivo/Exame/EXAME.com)

Indústria e comércio criticam decisão do Banco Central e temem valorização cambial excessiva (Arquivo/Exame/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2010 às 20h59.

São Paulo - Representantes da indústria e do comércio criticaram a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a Selic em 10,75% ao ano. Estes setores defendiam uma redução da taxa como forma de ajudar a conter a valorização do real frente ao dólar.

"O BC deveria ter realizado no começo do ano a atual 'parada técnica'. Agora, com o câmbio em alta por conta dos juros elevados do País, fica muito mais difícil administrar a extrema valorização cambial", afirma o presidente da Fecomercio, Abram Szajman.
A entidade defende que a medida recentemente adotada de elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investidores, numa tentativa de reduzir a entrada de capital estrangeiro no país, são atitudes "insuficientes e de efeito limitado".

Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a decisão do Copom sinaliza problemas para o futuro. “O patamar atual da Selic tem contribuído para a constante sobrevalorização do real, permitindo um cenário no qual o crescimento da demanda doméstica seja, cada vez mais, abocanhado pela produção importada, que gera empregos lá fora eliminando postos de trabalho aqui no Brasil", disse o presidente Paulo Skaf.

Também em tom de crítica, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) se pronunciou sobre a manutenção dos juros. Seu presidente, Armando Monteiro Neto, afirmou que "novamente o Copom pecou pelo conservadorismo ao não retomar o processo de queda nos juros em um ambiente mundial de taxas de juros reduzidas".

Acompanhe tudo sobre:EstatísticasIndicadores econômicosInflaçãoJurosSelic

Mais de Brasil

Após prever reforma ministerial até dia 21, Rui Costa diz que Lula ainda começará conversas

Fuvest antecipa divulgação da lista de aprovados na 1ª chamada do vestibular para esta quarta

Governo Lula se preocupa com o tom usado por Trump, mas adota cautela e aguarda ações práticas

Lula mantém Nísia na Saúde, mas cobra marca própria no ministério