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De cão robô a drone com fuzil: conheça as principais novidades da maior feira militar do país

Evento reúne empresas e representantes de nações como Estados Unidos, Irã, Turquia, Paquistão e China

Agência o Globo
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Publicado em 2 de abril de 2025 às 12h39.

Última atualização em 2 de abril de 2025 às 12h55.

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Começou nesta terça-feira a LAAD, uma das principais feiras militares do país. O evento, que reúne delegações estrangeiras e empresas de países como Estados Unidos, Irã, Turquia e China, conta com uma série de lançamentos para o setor.

Entre os novos produtos apresentados ao mercado nacional nesta terça-feira está o robô spot, fabricado pela americana Boston Dynamics e que será comercializado no país pela Radeco. Com quatro patas, o robô, que se assemelha a um cachorro, pode ser customizado com diferentes equipamentos a depender da necessidade do comprador, segundo a Radeco.

O robô levado à feira contava com uma câmera que registra imagens em 360 graus na traseira e uma mão robótica. Por ser customizável, ele pode ser equipado com outros itens, como armas. De acordo com a fabricante, as utilidades do robô vão desde a detecção de materiais perigosos e investigação de objetos suspeitos a situações que envolvem reféns, nas quais podem ajudar a colher informações da cena.

Outra novidade apresentada foi um protótipo de drone armado da Taurus. Com quatro hélices, a aeronave da empresa brasileira pode ser equipada com fuzis e metralhadoras em voos de curto alcance. A ideia é que o equipamento seja comercializado tanto para forças policiais quanto militares.

No mesmo dia em que apresentou o novo drone, a Taurus anunciou ter assinado um Memorando de Entendimento para a possível aquisição da Mertsav, da Turquia. Segundo a companhia brasileira, a eventual compra da empresa turca “permitirá um salto no patamar do portfólio” da Taurus. A Mertsav produz rifles, lançadores de granada e metralhadoras.

A fabricante Xmobots, de São Carlos, também apresentou um novo modelo de drone, o Nauru 100. Menor que outros produzidos da empresa, que tem entre os seus clientes o Exército brasileiro, ele é transportado em duas mochilas e pode ser lançado ao ar mais rapidamente. Ainda em fase de testes, a ideia da empresa é equipá-lo com câmeras ou morteiros. A empresa já está em conversas com pelo menos uma das Forças Armadas do Brasil para vender o equipamento:

"Ele é um equipamento extremamente prático. A partir do momento que você chega no campo, em 3 minutos ele já está voando", disse Thatiana Miloso, chefe de vendas (CSO) da Xmobots. "Ele vai estar a 100 metros de altura e a 1 quilômetro do alvo e vai conseguir fazer uma leitura de placa e um reconhecimento facial. Ele tem um design, uma tecnologia de cores que o faz ser furtivo. Ou seja, você não consegue nem ver nem ouvir. A gente chama de soldado invisível".

Ainda segundo a empresa, a expectativa é que até o início de 2026 outro drone, o Nauru-1000C, finalize o processo de integração com mísseis. Com isso, ele será o primeiro drone armado do Exército brasileiro.

O Edge Group, empresa dos Emirados Árabes, também anunciou o lançamento na LAAD da tecnologia de cibersegurança Unmask. O sistema tem como objetivo ajudar forças de segurança pública a identificar e combater atividades criminosas cometidas de forma anônima na internet. "A solução capacita as agências com ferramentas avançadas para identificar criminosos na deep web, rastrear atividades clandestinas e neutralizar ameaças cibernéticas emergentes com rapidez e precisão", explica o Edge Group.

"Unmask foi projetado para atender a uma necessidade crítica e crescente no cenário atual de segurança digital. Ao apoiar agências com maior visibilidade em ambientes online complexos, estamos possibilitando respostas mais rápidas e informadas ao crime digital, ao mesmo tempo que mantemos os mais altos padrões de responsabilidade e segurança", afirmou Rogério Lemos, CEO da Oryxlabs, subsidiária do Edge Group.

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