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Datena e França saem na frente na disputa ao Senado em SP; veja pesquisa EXAME/IDEIA

Pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA foi feita antes do apresentador anunciar que desistiu da disputa eleitoral

França e Datena: os dois nomes saem na frente na disputa ao Senado em SP. (França: Governo de SP / Divulgação / Datena: Band/Divulgação)

França e Datena: os dois nomes saem na frente na disputa ao Senado em SP. (França: Governo de SP / Divulgação / Datena: Band/Divulgação)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 9 de junho de 2022 às 14h46.

Última atualização em 30 de junho de 2022 às 17h00.

A pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA divulgada na quarta-feira, 8, mostra como está a mente dos eleitores do estado de São Paulo quando se fala em Senado. De acordo com os dados, em uma eventual disputa para a vaga de senador por São Paulo, José Luiz Datena (PSC) está em primeiro lugar, com 19% das intenções de voto. Logo depois vem Márcio França (PSB), com 14%. O cenário é do tipo estimulado, em que os nomes são apresentados previamente.

Quando é espontâneo, em que os eleitores precisam dizer o primeiro nome que lhes vêm à mente, nenhum pré-candidato chega a dois dígitos. Datena está com 6%, Paulo Skaf (Republicanos) tem 3%, e França aparece com 2%. A pesquisa foi feita antes do apresentador anunciar que desistiu de concorrer, no dia 30 de junho.

Para a pesquisa, foram ouvidas 1.200 pessoas do estado de São Paulo entre os dias 3 e 8 de junho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número SP-08096/2022. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Leia o relatório completo.

(Arte/Exame)

Cila Schulman, vice-presidente do instituto de pesquisa IDEIA, explica que essa diferença entre as pesquisas espontânea e estimulada mostra que o eleitor paulista ainda não está pensando na disputa ao Senado.

“O eleitor costuma se engajar mais tarde na escolha dos candidatos ao Congresso Nacional e às Assembleias Legislativas. Em São Paulo, a disputa pelo Senado ainda está totalmente aberta. Na pesquisa estimulada, em que o eleitor é apresentado a diversos nomes, os mais conhecidos como o ex-governador Márcio França e o apresentador José Luiz Datena mostram recall. Mas na espontânea, todos eles ainda estão longe dos dois dígitos”, afirma.

EXAME/IDEIA não testou o nome de Sergio Moro (União Brasil) ao Senado porque ele ainda não anunciou oficialmente que pretende concorrer ao cargo. Além disso, na última quarta-feira, 7, o Tribunal Regional Eleitoral paulista suspendeu a transferência do título de eleitor dele do Paraná para São Paulo, impedindo que ele dispute as eleições pelo estado mais populoso do país. A decisão ainda cabe recurso no TSE.

LEIA TAMBÉM: Pesquisa para presidente: Lula tem 39%, e Bolsonaro, 35%, em SP

Outro ponto também é que ainda não está claro que França sairá mesmo ao Senado. A simulação foi feita porque os arranjos estaduais da coligação nacional entre PT e PSB (com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin como vice) podem redefinir os rumos do ex-governador.

França já disse em várias entrevistas que pretende concorrer do governo do estado, mas o cenário dele ser vice de Haddad ou mesmo sair ao Senado correm em paralelo. A definição precisa sair em pouco mais de um mês.

Governo de SP: Haddad lidera e segundo lugar embolado

EXAME/IDEIA fez ainda uma simulação da disputa ao governo de São Paulo. Fernando Haddad (PT) lidera as intenções de voto, com 27%, quando a pergunta é feita de forma estimulada. Logo depois vem um pelotão considerado tecnicamente empatado pela margem de erro da sondagem: Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 17%, Márcio França, com 14%, e Rodrigo Garcia (PSDB), que aparece com 11%.

(Arte/Exame)

A eleição nacional, entre Lula e Bolsonaro, vai ter reflexos em São Paulo, tanto no sentido positivo quanto negativo, afirma Cila Schulman. Também é preciso levar em conta a taxa de rejeição. Em uma pergunta sobre em que o eleitor não votaria de jeito nenhum, Haddad tem 35%, Tarcísio, 21%, Garcia, 19%, e França aparece com 12%.

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