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Datafolha: Maioria defende educação sexual e discussão política em escolas

De acordo com levantamento, assuntos políticos têm aprovação de 71% dos entrevistados e educação sexual, 54%

Escolas: pesquisa questiona sobre necessidade de abordagem nas escolas (Germano Luders/Exame)

Escolas: pesquisa questiona sobre necessidade de abordagem nas escolas (Germano Luders/Exame)

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Clara Cerioni

Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 12h25.

Última atualização em 7 de janeiro de 2019 às 12h29.

São Paulo — A maior parte dos brasileiros defende que educação sexual e conversas sobre política estejam presentes nas salas de aula do país, segundo revelou pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (7).

De acordo com o levantamento, a aprovação de assuntos políticos nas escolas chega a 71% dos entrevistados. Desses, 54% apoiam totalmente.

O percentual de apoio a esse tema nas instituições de ensino é maior do que a discordância em todos os recortes analisados pelo instituto, seja por idade, renda, religião e preferência partidária, por exemplo.

A aprovação por assuntos políticos cresce de acordo com a escolaridade. Entre aqueles que têm ensino superior, 83% concordam com a afirmação.

Entre os 28% dos que se opõem à discussão política nas aulas, 20% dizem discordar totalmente. Os outros 8% discordam em parte.

Já o apoio à educação sexual nas escolas, mostra a pesquisa, alcança 54%. As mulheres concordam mais do que os homens (56% e 52%, respectivamente), mas fica empatado na margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

De acordo com a pesquisa, quanto maior a escolaridade, maior também concordância com a educação sexual nas escolas. Entre aqueles com ensino superior, por exemplo, o percentual chega a 63%.

Apesar de haver consentimento maior, a educação sexual divide mais a opinião. O Datafolha mostra que, enquanto 35% das pessoas concordam totalmente, os que desaprovam totalmente também somam outros 35%.

Segundo o instituto, a oposição à educação sexual só é superior em dois grupos: entre os que dizem ter votado em Bolsonaro (54% discordam com a adoção do tema) e entre evangélicos (53%).

Os dois temas são sensíveis por parte de grupos conservadores e religiosos. Projetos como o Escola sem Partido, que prevê a proibição do que chama de “prática de doutrinação política e ideológica”, ganharam notoriedade nos últimos anos.

O Datafolha ouviu 2.077 em 130 municípios nos dias 18 e 19 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

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