Temer e Silvio Santos: presidente faz ofensiva para promover seu governo e buscar apoio pela reforma da Previdência (SBT/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 06h28.
Última atualização em 30 de janeiro de 2018 às 07h26.
Nesta terça feira, o presidente Michel Temer mantém a agenda focada em boas notícias, sempre de olho na reforma da Previdência.
Qualquer pauta é motivo para o governo ressaltar o bom momento do país e, por consequência, a necessidade de aprovar a Previdência para evitar um mergulho num abismo próximo.
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Temer vai a Goiânia para participar da cerimônia de pré-custeio da safra 2018/2019. O objetivo do pré-custeio é estimular a economia e melhorar as condições da produção agrícola do país.
O dinheiro é encaminhado como financiamento para que agricultores possam adiantar a compra de insumos, como fertilizantes e sementes, e se planejar melhor para a safra.
O montante a ser liberado este ano pelo Banco do Brasil não foi divulgado. Na safra 2017/2018 chegou a 12 bilhões de reais.
A expectativa é que neste ano, novamente, a safra agrícola contribua para a melhora nos resultados econômicos do país.
Em 2017, os resultados foram fundamentais para a lenta volta ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
De acordo com estimativas da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a participação do agronegócio no PIB foi a maior em 13 anos, chegando a 23,5% do total das riquezas produzidas no país. Neste ano, a expectativa é que o comércio cresça e tome as rédeas de impulsionador do índice.
Ainda nesta semana, o presidente adiou a viagem que faria na quinta-feira para o 12º Cimeira Luso-Brasileira, que acontece na próxima sexta-feira em Portugal.
Ele preferiu ficar no Brasil e se concentrar na tentativa de obter os 308 votos necessários para a aprovação da reforma da Previdência na Câmara. De acordo com a assessoria do Planalto, o Itamaraty vai remarcar o encontro em uma data futura.
A primeira votação está marcada para a semana do dia 19 de fevereiro. Até agora, o governo não soma mais do que 275 votos (33 a menos que o necessário) e o clima de pessimismo é cada vez maior, tanto que o presidente intensificou a campanha midiática pela reforma.
Aumentou o número de entrevistas e chegou a aparecer no programa de Silvio Santos na noite do último domingo.
A avaliação interna do governo é de que, se não tiver a primeira votação em fevereiro, a reforma não será aprovada na gestão de Temer. Assim, o governo corre contra o tempo na busca de votos dos deputados federais.