João de Deus na Casa Dom Inácio Loyola: médium se entrega à polícia (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2018 às 07h26.
Última atualização em 17 de dezembro de 2018 às 08h21.
O médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, se entregou à polícia neste domingo (16), em uma estrada de terra em Abadiânia, em Goiás. A prisão preventiva foi decretada após denúncias de 335 mulheres, em três estados do Brasil mais o Distrito Federal e seis países, de que o médium teria praticado abuso sexual contra elas. A informação da prisão do médium foi confirmada pelo advogado criminalista Alberto Toron, que representa o médium. Em vídeo do momento da prisão publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, João de Deus disse: “me entrego à Justiça divina e à Justiça da terra”. João de Deus era considerado foragido da polícia, que fez buscas em diversos endereços para tentar localizá-lo, sem sucesso. Ele tinha que ter se entregado até o meio-dia de ontem.
A líder do MDB no Senado, Simone Tebet (MS), defendeu, por meio de sua conta no Twitter, a aprovação de uma PEC que torna o crime de estupro imprescritível. Simone relacionou a proposta com as denúncias contra o médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, acusado de uma série de abusos sexuais contra mulheres em Abadiânia (GO). Para Simone Tebet, as denúncias contra o líder espiritual, se comprovadas, demonstram o quanto a retirada da prescrição para casos de estupro é importante. “Muitos casos denunciados contra João de Deus, e contra outros, se comprovados, estão prescritos. Cruel, injusto”, escreveu a senadora.
A Polícia Federal elaborou retratos com possibilidades de disfarce que poderiam ser utilizados pelo italiano Cesare Battisti, condenado no seu país por quatro assassinatos nos anos 1970. Na ultima quinta, 13, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux revogou liminar que concedia habeas corpus a Battisti, determinou sua prisão cautelar e abriu caminho para a extradição, decretada no dia seguinte pelo presidente Michel Temer (MDB). Técnicos da Polícia Federal simulam mudanças que o italiano pode ter feito, como bigode e barba postiços e uso de chapéus e óculos. O italiano, no entanto, ainda não foi localizado pela PF. Segundo as autoridades, Battisti está em “local incerto e não sabido” e é considerado foragido. No momento, há uma investigação em andamento para localizar Battisti.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou neste domingo (16) que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente de Cuba, Miguel Diáz-Camel, não serão convidados para a sua posse na Presidência da República por serem ditadores. Bolsonaro voltou a dizer que muitos profissionais cubanos do programa Mais Médicos eram agentes infiltrados e trabalhavam como escravos. “Ele, Maduro, com certeza não vai receber um convite para a posse. Nem ele, nem o ditador que substituiu Fidel Castro…. Fidel Castro, não, Raúl Castro”, afirmou Bolsonaro, em rápida entrevista concedida à imprensa ao parar em um quiosque, na Praia da Barra, na zona oeste, para tomar água de coco. Ao ser questionado sobre as razões, o presidente respondeu: “Porque é ditadura, não podemos admitir ditadura. O povo lá não tem liberdade.”
O ministro do Comércio Internacional do Reino Unido, Liam Fox, apoiador da primeira-ministra britânica, Theresa May, negou neste domingo as sugestões de que o governo estaria planejando uma segunda consulta popular sobre a possibilidade de deixar a União Europeia (UE). Em uma entrevista, Fox afirmou que a realização de mais uma votação sobre a questão teria baixa adesão em um país que apoiou o Brexit com 51,9% em 2016, com a maior participação no país desde 1992. “Suponha que tenhamos outra votação. Suponha que o lado ‘ficar’ tenha ganho de 52% a 48%, mas com uma participação menor – totalmente possível”, pontuou Fox. “Se houver outra consulta, que não acho que haverá, pessoas como eu vão imediatamente exigir que seja o melhor de três. Onde isso acaba?”, questionou.
O Fórum Econômico Mundial disse neste domingo que empresários russos alvos de sanções econômicas poderão comparecer ao evento em Davos, na Suíça, após Moscou ameaçar boicotar a reunião anual da elite de negócios e política. A decisão desarma uma disputa que arriscava ofuscar o evento, que atrai um “quem é quem” de governos, ministros de finanças e empresas ao redor do mundo. No ano passado, a conferência teve a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e uma grande delegação americana. Antes, havia sido pedido ao magnata do alumínio russo Oleg Deripaska, ao bilionário de construção Viktor Vekselberg e ao banqueiro Andrey Kostin que não comparecessem à reunião econômica para evitar problemas com os delegados americanos, de acordo com autoridades russas. Em resposta, o primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, disse que Moscou boicotaria o evento a não ser que os organizadores voltassem atrás da sua de impedir o comparecimento dos magnatas.