Imagem de arquivo: o ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (MDB) (Marcelo Fonseca / FolhaPress/Folha de S.Paulo)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2018 às 07h24.
Última atualização em 4 de dezembro de 2018 às 07h36.
Fleury compra Lafe
A empresa de análises clínicas e diagnósticos médicos Fleury anunciou nesta segunda-feira, 3, que fechou acordo para comprar a Newscan, dona da Lafe Laboratório de Análises Clínicas, por 170 milhões de reais. A Lafe atua na região metropolitana do Rio de Janeiro por meio de 32 unidades de atendimento. “Essa aquisição permitirá acelerar a expansão no mercado do Rio de Janeiro, complementando presença geográfica e ampliando a conveniência aos clientes”, afirmou o Fleury em comunicado.
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Pena de Cabral chega a 198 anos
O ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (MDB) foi condenado nesta segunda-feira (3) a mais 14 anos e cinco meses de reclusão em regime fechado, na sua oitava condenação, somando 197 anos e 11 meses de pena. A sentença foi proferida pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, no âmbito da Operação Lava Jato do Rio. Desta vez, a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) envolve crime de lavagem de dinheiro por empresas, como a FW Engenharia, para dar aparência lícita ao pagamento de R$ 1,7 milhão em propina. Contra o ex-governador do Rio também há uma condenação em Curitiba, assinada pelo ex-juiz Sérgio Moro.
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Fitch de olho nas reformas
A agência de classificação de risco Fitch Rating poderá rever a nota brasileira, fixada em BB- em fevereiro deste ano, caso o novo governo consiga aprovar reformas no Congresso, principalmente a da Previdência. A definição da nota, no entanto, não dependerá exclusivamente da aprovação, mas do modelo de reforma que sair da discussão entre os parlamentares. “Em havendo a passagem das reformas, olharemos no que essas reformas impactam na trajetória fiscal do Brasil no longo prazo. Nossa preocupação é com a sustentabilidade da dívida no médio e longo prazos”, afirmou o presidente da agência no Brasil, Rafael Guedes, após participar de evento promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro.
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IPO do BMG
O banco BMG fará sua estreia na B3 ainda este ano. A oferta pública de ações (IPO) será no dia 19 de dezembro. A faixa de preço definida para o IPO foi entre 11 reais e 14 reais. Com isso, o banco pode levantar até 2 bilhões de reais. Segundo o prospecto protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), serão distribuídas 140 milhões de novas ações preferenciais na oferta primária e 22,3 milhões de ações preferenciais do acionista vendedor na oferta secundária. As ações serão negociadas no nível 1 de governança corporativa e o ticker da ação será BMGB11.
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Venda de veículos cresce 13%
Os licenciamentos de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil em novembro subiram 13,1 por cento sobre o mesmo mês do ano passado, mas caíram 9,3 por cento na comparação anual, informou a associação de concessionários Fenabrave, nesta segunda-feira, 3. As vendas de veículos novos no mês passado somaram 230,9 mil unidades, acumulando no ano 2,33 milhões, um crescimento de cerca de 15 por cento ante o período de janeiro a novembro de 2017, segundo a entidade.
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Onyx confirma fim do Trabalho
O governo de Jair Bolsonaro irá dividir as atribuições do atual Ministério do Trabalho entre as pastas de Justiça, Economia e o Ministério da Cidadania, afirmou nesta segunda-feira o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), em entrevista à rádio Gaúcha. O ministro confirmou que, como havia pedido Bolsonaro, o Ministério do Trabalho, criado em 1930 – primeiro ano de governo de Getúlio Vargas – vai ser extinto e suas secretarias espalhadas por outras áreas de governo. Onyx disse ainda que o governo terá 20 ministérios “funcionais”, incluindo Direitos Humanos, e dois que deverão perder o status nos próximos meses, Banco Central e Advocacia-Geral da União.
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PGR contesta contas
A procuradora-geral eleitoral, Raquel Dodge, contestou a prestação de contas da coligação O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/Pros) e pediu o ressarcimento dos recursos públicos usados para financiar a campanha eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto ele figurou como candidato à Presidência da República. A petição da procuradora foi juntada ao processo de análise das contas da campanha de Lula em tramitação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob a relatoria do ministro Jorge Mussi. A campanha de Lula recebeu R$ 20 milhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), formado por recursos orçamentários da União.
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Bolsonaro, Macri e o Mercosul
O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou a Mauricio Macri que quer avançar nas negociações comerciais entre o Mercosul e a União Europeia (UE). O líder argentino informou nesta segunda-feira, 3, que a conversa entre ambos se deu antes da reunião de cúpula do G20. “Falei antes de começar o G20 com o meu novo colega Jair Bolsonaro, e ele me confirmou que quer avançar neste acordo, mas precisa ver como está e tomar a sua posição”, declarou o presidente da Argentina em entrevista coletiva, em Buenos Aires, convocada para analisar os resultados da reunião dos líderes das 20 maiores economias do mundo.
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O preço da domiciliar
A Operação Lava Jato está cobrando US$ 20.439.382,16 (R$ 78,12 milhões) do ex-ministro Antonio Palocci (Governos Lula e Dilma/Fazenda e Casa Civil), delator da investigação, “sob pena de ser novamente recolhido à prisão”. Palocci deixou a cadeia no dia 29 de novembro, após dois anos e dois meses preso — desde setembro de 2016, alvo da Operação Omertà — passando para o regime semiaberto domiciliar. Condenado a 9 anos e 10 dias de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), o ex-ministro, beneficiado pela delação que fechou com a Polícia Federal, passou ao cumprir pena provisória em regime prisional semiaberto domiciliar, sob monitoramento de tornozeleira eletrônica.
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Trump: “grande passo à frente”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu nesta segunda-feira (3) que as relações com a China deram um “grande passo à frente” após sua reunião na Argentina com o presidente Xi Jinping. “Coisas muito boas vão acontecer. Estamos lidando com uma grande resistência, mas a China também tem muito a ganhar quando completar um acordo – se for alcançado”, disse Trump em um tuíte. Trump e Xi decidiram por uma trégua na crescente guerra comercial entre as duas potências, baseada na redução de tarifas chinesas a carros feitos nos Estados Unidos. Em sua reunião em Buenos Aires, os dois líderes concordaram em suspender qualquer nova tarifa e deram 90 dias para os negociadores alcançarem um acordo, animando os mercados.
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García deixa embaixada do Uruguai
O ex-presidente do Peru Alan García saiu da residência do embaixador do Uruguai em Lima nesta segunda-feira, após o governo uruguaio ter rejeitado o pedido de asilo diplomático apresentado há 20 dias, informou o chanceler peruano, Néstor Popolizio. García é investigado por suposto envolvimento em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em um escândalo de propinas pagas pela Odebrecht na construção da Linha 1 do metrô de Lima. O chanceler peruano acrescentou que esta decisão do presidente Tabaré Vázquez permite notar que existem “afirmações em nível internacional de que no Peru existe democracia, divisão de poderes, Estado de direito e devido processo”. “Acredito que esta decisão preserva o bom estado das relações bilaterais”, concluiu.
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Extrema direita avança na Espanha
O partido espanhol de extrema direita Vox entrará com força no Parlamento regional da Andaluzia, em eleições onde os partidos conservadores quebraram pela primeira vez a hegemonia local do socialismo, o que representa um golpe para o chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez. Superando todas as expectativas, que lhe davam um máximo de cinco dos 109 deputados na câmara regional, o Vox elegeu 12 deputados e obteve quase 11% dos votos, segundo a apuração de 99% das cédulas.
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Avião à venda
O avião luxuoso usado para transportar o ex-presidente do México ao redor do mundo está prestes a partir em definitivo, uma das primeiras medidas do novo presidente para combater o que ele criticou como um símbolo imponente do excesso. “Estamos vendendo todos os aviões e helicópteros que os políticos corruptos usavam”, disse o presidente Andrés Manuel López Obrador em um evento realizado em Xalapa, no Estado de Veracruz, ao final de seu primeiro dia inteiro no cargo, no domingo. A multidão aprovou aos brados. O ministro das Finanças, Carlos Urzúa, convocou uma coletiva de imprensa na Cidade do México na manhã de domingo diante do Boeing 787 Dreamliner para anunciar que “muito em breve” a aeronave será posta à venda.