Brasil

Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo

Fux pede vista; Merkel faz pouso de emergência e mais…

Imagem de arquivo de Angela Merkel, chanceler da Alemanha (Hannibal Hanschke/Reuters)

Imagem de arquivo de Angela Merkel, chanceler da Alemanha (Hannibal Hanschke/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2018 às 07h23.

Fux pede vista

Após dois dias de votação, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, suspendeu a votação sobre a liminar que barrou o indulto de Natal editado por Michel Temer em 2017. Apesar de a maioria dos ministros ter votado pela manutenção do benefício assinado pelo presidente, o ministro Luiz Fux pediu vista para deliberar sobre o assunto. Assim, a sessão foi encerrada, com 6 votos a favor do indulto e 2 contra, e não há data para ser retomada. O texto assinado pelo presidente determina que o preso que tiver sido condenado por crimes que não representem grave ameaça à sociedade e tiver cumprido, se for réu primário, 1/5 da sua pena até 31 de dezembro de 2017, seja beneficiado pela medida.

Pezão sucessor…

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou, após a prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), que ele sucedeu o ex-governador Sérgio Cabral no comando da organização criminosa envolvida em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro dentro do governo estadual. Em entrevista à imprensa, ela enfatizou a necessidade de desmantelar organizações criminosas em todo o País e recuperar danos causados aos cofres públicos. “Os fatos se iniciam em 2007 em sucessão de atos e participação de pessoas que incluem aquelas que são destinatárias da ordem de prisão de hoje. Infratores continuam praticando crimes, por isso, chegou-se à necessidade de requerer prisão preventiva para garantia da ordem pública”. A investigação da PGR, intitulada como Boca de Lobo, descreve Pezão não só como sucessor de Cabral após a prisão do ex-governador, mas como alguém que tinha seu próprio esquema criminoso. Ele teria recebido 25 milhões de reais em valores históricos, segundo o procurador Leonardo de Freitas, do MPF do Rio. Os valores são oriundos, em parte, de uma mesada paga pelo operador de propinas de Sérgio Cabral e agora colaborador premiado, Carlos Miranda, e, em outra parte, de desvios de recursos públicos ligados ao setor de transporte.

…de esquema maior

Raquel Dodge explicou que a operação desta quinta tem como objetivo também coletar provas da lavagem de dinheiro. Ela não deu detalhes sobre uma das abordagens da investigação, que é sobre o envio de dinheiro para o exterior, mas falou que a operação ajudará a trazer mais detalhes. Autora dos pedidos de prisão e buscas e apreensões ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), Raquel Dodge destacou que é uma missão da PGR e uma diretriz combater organizações criminosas e buscar o ressarcimento do dano causado aos cofres públicos, daí o sequestro de R$ 39 milhões (valores atualizados) autorizado pelo ministro do STJ Felix Fischer. Além de Pezão e dos secretários estaduais Affonso Monnerat e José Hiran, foram presos Luiz Carlos Vidal Barroso – servidor da secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico; Marcelo Santos Amorim – sobrinho do governador; Cláudio Fernandes Vidal – sócio da J.R.O Pavimentação; Luiz Alberto Gomes Gonçalves – sócio da J.R.O Pavimentação; Luis Fernando Craveiro De Amorim – sócio da High Control Luis e César Augusto Craveiro De Amorim – sócio da High Control Luis.

Leniência da CCR

A CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias), anunciou um acordo de leniência com o Ministério Público de São Paulo, nesta quinta-feira (29). Segundo a empresa, o acordo relata ter doado mais de 44 milhões de reais para o caixa dois de mais de 10 políticos do estado de São Paulo. Segundo o jornal Folha de São Paulo, estariam entre os políticos beneficiados o ex-governador do estado, Geraldo Alckmin, o senador José Serra (PSDB-SP) e o ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD) – futuro chefe da Casa Civil do governador João Doria (PSDB). O acordo prevê o pagamento de 81,5 milhões de reais em multa e a doação de 17 milhões de reais para a construção da biblioteca da Faculdade de Direito da USP.

Contrato interrompido

A produtora de papel e celulose Klabin anunciou que vai interromper o contrato de fornecimento de celulose de fibra curta para a rival Fibria. Segundo comunicado desta quinta, a companhia está optando por distribuir o insumo produzido em sua fábrica no Paraná de maneira independente no mercado internacional. O contrato com a Fibria foi acertado em 2015, prevendo fornecimento de um mínimo de 900.000 toneladas de celulose por ano. O acordo tinha prazo de seis anos. “Muitos compradores de BEKP (celulose de fibra curta) já mantêm relacionamento direto com a Klabin”, afirmou a companhia, que além de celulose produz papelão para embalagens. O interrompimento do contrato era o que faltava para a União Europeia aprovar a criação da maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, oriunda da incorporação da Fibria pela Suzano. Logo após o anúncio, o bloco europeu autorizou a formação, marcada para 14 de janeiro do ano que vem.

Condição à francesa

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que a possibilidade de seu governo apoiar o acordo comercial entre União Europeia (UE) e Mercosul depende da posição do presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, sobre o Acordo Climático de Paris. “Não podemos pedir aos agricultores e trabalhadores franceses que mudem seus hábitos de produção para liderar a transição ecológica e assinar acordos comerciais com países que não fazem o mesmo. Queremos acordos equilibrados”, disse Macron, sem citar diretamente as declarações contra o Acordo de Paris feitas por Bolsonaro. As afirmações de Macron foram feitas em uma entrevista coletiva conjunta com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, após uma reunião entre os dois antes do início da cúpula do G20. A UE e o Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, negociam o acordo há quase 20 anos.

Cada vez mais quente

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou, nesta quinta-feira, que as temperaturas globais se encaminham para um aumento de 3 a 5 graus Celsius neste século. Segundo comunicado anual da agência da Organização das Nações Unidas (ONU), este número supera muito uma meta global para limitar essa elevação a 2 graus Celsius ou menos. Cientistas dizem ser vital limitar o crescimento das temperaturas globais a 2 graus C para evitar eventos climáticos mais extremos, a elevação do nível dos mares e a perda de espécies vegetais e animais, mas que limitá-lo a 1,5 grau C traria um benefício muito maior. Na conferência do Acordo de Paris de 2015, países de todo o mundo prometeram trabalhar para conter o aumento em 2 graus, uma medida que exigirá uma redução radical no uso de combustíveis fósseis, a causa primária do aquecimento global.

Vai ser em Madri

A Conmebol divulgou, nesta quinta, que o estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid, receberá o segundo jogo da final da Copa Libertadores entre Boca Juniors e River Plate. O jogo acontecerá no dia 9 de dezembro, informou o jornal argentino La Nación. A final foi suspensa no último sábado, 24, depois do ataque de torcedores do River ao ônibus que levava os jogadores do Boca. Os clubes entraram em um impasse com a Conmebol, que anunciou que a final iria ocorrer no dia 8 ou 9 de dezembro, mesmo com pedidos de cancelamento da equipe do Boca. Segundo o La Nación, Doha, no Catar, era a favorita para sediar a final, por conta do pacote de incentivos financeiros que a cidade oferecia à Conmebol, mas a distância para a América do Sul e a dificuldade logística dificultaram o acordo. Miami era a segunda mais cotada, mas o jornal conta que Carlos Cordeiro, presidente da Federação de Futebol Americana, não aprovou o projeto.

Merkel: pouso de emergência

Um problema técnico no avião que levava a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, rumo à Argentina nesta quinta-feira, 29, para participar da cúpula do G20 fez com que a viagem fosse adiada até amanhã, dia de abertura do evento. O avião, que ia direto rumo a Buenos Aires, precisou fazer uma escala forçada em Colônia, ainda na Alemanha. Localizar outra aeronave oficial com capacidade para levar a delegação que acompanhava Merkel foi impossível, o que provocou o adiamento da viagem para sexta-feira. Merkel dormirá em Colônia e depois seguirá até Madri com parte da delegação alemã. Da capital espanhola, a chanceler continuará a viagem em um voo comercial para Buenos Aires.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaEmmanuel MacronLuiz FuxONURio de Janeiro

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022