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Cúpula do Senado reúne oito alvos da Justiça

Davi Alcolumbre responde a dois inquéritos no STF que apuram irregularidades como a utilização de notas fiscais falsas na campanha de 2014

Davi Alcolumbre: presidente do senador e outros congressistas da Casa são alvos da Justiça (Agência Senado/Divulgação)

Davi Alcolumbre: presidente do senador e outros congressistas da Casa são alvos da Justiça (Agência Senado/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 09h36.

Brasília - Dos 11 parlamentares que vão comandar o Senado nos próximos dois anos, oito têm problemas com a Justiça, já foram denunciados ou condenados.

A começar do presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que responde a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), que apuram irregularidades como a utilização de notas fiscais falsas na campanha de 2014, quando foi eleito senador. Ele também é alvo de processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que poderá cassar o seu mandato.

Eleito nesta quarta-feira, 6, vice-presidente da Casa, Antonio Anastasia (PSDB-MG) é investigado no STF em apuração sobre o repasse de R$ 6 milhões em vantagens indevidas da Odebrecht ao grupo político do atual deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) nas eleições de 2014. Um outro inquérito, que apura irregularidades na campanha de 2010, foi encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas.

Já o senador Sérgio Petecão (PSD-AC), é alvo de três processos que tramitam na primeira instância. Ele foi eleito nesta quarta como primeiro-secretário do Senado. Os casos dizem respeito a desvio de recursos públicos e omissão na declaração de bens à Justiça Eleitoral.

O segundo-secretário, senador Eduardo Gomes (MDB-TO) já foi denunciado pelo Ministério Público Federal de ter feito pagamento de despesas da Câmara Municipal de Palmas com licitações fraudulentas e produtos superfaturados.

Eleito para comandar a Terceira-Secretaria do Senado, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) é alvo de inquérito que investiga a falsificação de documento público para fins eleitorais. O senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), da Quarta-Secretaria, já foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul em ação de improbidade administrativa por desvio de finalidade de verba orçamentária quando foi prefeito de São Borja.

Suplentes da Mesa do Senado também têm problemas. É o caso do senador Weverton Rocha (PDT-MA), que se tornou réu pelos crimes de peculato e dispensa ilegal de licitação.

Sob suspeita de desvio de verbas relacionadas às obras da Arena Fonte Nova, o senador Jaques Wagner (PT-BA) -Terceiro-Suplente - foi alvo da Operação Cartão Vermelho.

Defesa

Anastasia disse em nota que "nunca tratou de qualquer assunto ilícito". Petecão afirmou que sofre "muita perseguição política"; a assessoria de Weverton Rocha informou que a ministra Rosa Weber "decidiu que não há que se falar em peculato praticado pelo senador". Em nota, Flávio Bolsonaro disse que a denuncia contra ele é "sem fundamento". Segundo a assessoria de Eduardo Gomes, seu caso já foi arquivado. Os demais não responderam até a conclusão desta edição.

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