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Cunha propõe recuo em passagens aéreas para cônjuges

O benefício foi aprovado na reunião da Mesa Diretora na última quarta-feira, 25


	Eduardo Cunha: "Se a repercussão não foi positiva, por que manter?"
 (Renato Araújo/ABr)

Eduardo Cunha: "Se a repercussão não foi positiva, por que manter?" (Renato Araújo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2015 às 17h45.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou na tarde desta segunda-feira, 2, que convocou uma reunião para esta terça-feira, 3, da Mesa Diretora para rever a cota de passagens aéreas para cônjuges de parlamentares.

"Reconheço que a repercussão foi muito negativa", afirmou o peemedebista.

O benefício foi aprovado na reunião da Mesa Diretora na última quarta-feira, 25.

No ato da Mesa, o presidente da Câmara alegava que a Constituição "dispensou especial proteção à família, privilegiando a unidade familiar".

Hoje, Cunha disse que não houve entendimento correto da situação e que se passou à sociedade a impressão de que o benefício era uma "regalia".

O presidente afirmou que está subordinado à vontade da opinião pública e disse que cabe aos componentes da Mesa fazerem um mea-culpa.

"Haverá um recuo, sim, com relação a essa situação", declarou.

Apesar de defender agora uma revisão do benefício, Cunha lembrou que cabe à Mesa a decisão de revogar a cota.

"Não pode a decisão da Mesa ter causado o desgaste e eu ser o salvador da pátria e revogá-la", justificou.

Cunha vai sugerir que a Mesa crie condições excepcionais para o uso de passagens de cônjuges com autorização da Casa, como já acontece com assessores dos parlamentares.

"Se a repercussão não foi positiva, por que manter?", questionou.

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