Orlando Silva: “o presidente da Câmara Eduardo Cunha perdeu completamente o limite. Não é razoável que ele queira impor a sua vontade" (José Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 18h51.
Após o adiamento do encontro que definiria os integrantes da Comissão Especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Orlando Silva (PCdoB-SP), acusou o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de se juntar à oposição e de atropelar os partidos.
“O presidente da Câmara Eduardo Cunha perdeu completamente o limite. Não é razoável que ele queira impor a sua vontade. Ele não pode se juntar com a oposição e impor uma comissão. Ele não pode querer impor, junto com a oposição, quem é a comissão especial que vai avaliar um processo tão sério quanto esse”, afirmou.
Após a notícia, os líderes da base aliada na Câmara estão reunidos neste momento com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini. Orlando Silva deu as declarações ao chegar ao Palácio do Planalto para o encontro com o ministro.
De acordo com Silva, a permissão dada por Cunha para a indicação de chapas avulsas, alternativas às oficiais das bancadas, para integrar a comissão, é um mecanismo criado para que as dissidências dos partidos da base se juntem à oposição e imponham uma correlação de forças que, na sua opinião, é “artificial”.
“A democracia da Casa sempre se pautou pelo respeito aos partidos, e pelo respeito aos líderes partidários. Essa é a tradição da Casa. Você não pode atropelar os partidos. Eu considero que o presidente Cunha passou de todos os limites. Mostrou que não tem a menor condição de seguir presidente da Casa”, afirmou.