Cunha afirmou ainda que a viagem não valeria a pena: "Achei que era muito corrida para um evento que não tem o tamanho que justificasse uma corrida tão grande" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2015 às 14h21.
Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou nesta quinta-feira, 1º, que tenha adiado sua viagem à Itália por conta das denúncias de que teria contas ilegais na Suíça. "Não tem a ver com nada. Eu estou aqui", disse.
Segundo Cunha, ele decidiu na quarta-feira, 30, que não iria mais viajar por causa do casamento do senador Romero Jucá (PMDB-RR). "Sou muito amigo do Jucá", disse.
Cunha afirmou ainda que a viagem não valeria a pena. "Achei que era muito corrida para um evento que não tem o tamanho que justificasse uma corrida tão grande", disse.
No roteiro inicialmente previsto, Cunha e uma comitiva iriam para Milão e Roma. Na capital italiana, o deputado participaria do Primeiro Fórum Parlamentar Itália - América Latina e Caribe. A agenda de Milão não foi informada.
O Ministério Público da Suíça enviou ontem ao Brasil os autos da investigação contra Cunha por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, os dados encaminhados relatam contas bancárias mantidas em nome do presidente da Câmara e parentes no país europeu. As contas foram bloqueadas.
Questionado nesta quinta se temeria perder apoio político com as novas denúncias envolvendo seu nome, ele rebateu. "Eu não estou atrás de apoio, por que é que eu vou perder?, não estou atrás", disse, encerrando a coletiva de imprensa.