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Cunha minimiza isolamento imposto por Dilma

Na manhã de hoje, a presidente Dilma Rousseff voltou a se reunir com líderes do partido para discutir a crise instalada na Câmara


	Eduardo Cunha: segundo o peemedebista, não havia "clima" para uma reunião com a presidente
 (Agencia Camara)

Eduardo Cunha: segundo o peemedebista, não havia "clima" para uma reunião com a presidente (Agencia Camara)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 17h59.

Brasília - O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), minimizou na tarde desta segunda-feira a estratégia de isolamento imposta pelo Palácio do Planalto.

Na manhã de hoje, a presidente Dilma Rousseff voltou a se reunir com líderes do partido para discutir a crise instalada na Câmara, mas só o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (RN), foi convidado a participar do encontro.

Segundo o peemedebista, não havia "clima" para uma reunião com a presidente. "Você acha que tinha clima hoje para uma reunião? Que reunião seria essa? Talvez se fosse chamado eu não fosse", afirmou o líder peemedebista. O deputado disse que é preciso esfriar os ânimos para retomar o diálogo. "Primeiro tem de baixar a bola".

Ao reclamar da tentativa de "demonizar" sua figura, Cunha voltou a dizer que, ao isolar o líder do PMDB na Câmara, o governo acaba isolando a bancada inteira.

"Erra quem acha que pode me isolar. Eu represento aquilo que a bancada pensa em sua maioria", enfatizou. O deputado negou que tenha uma atuação deliberada pregando o rompimento da aliança e ressaltou que, como líder, não tem uma posição pessoal de embate com o governo. "Não estou levando ninguém à guerra", disse.

O peemedebista lembrou que a bancada do partido "não faltou com o governo" nas votações da Câmara e cobrou respeito. "Não somos obrigados a nos gostar, mas a nos respeitar", pregou

. Ele voltou a dizer que os deputados do PMDB votarão contra o projeto do Marco Civil da Internet e que, a menos que haja mudança de posição, os peemedebistas votarão a favor da criação da comissão externa para acompanhar as investigações de suposto pagamento de propina envolvendo funcionários da Petrobras.

Cunha disse que o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) não aceitou assumir o Ministério do Turismo em um "respeito" à bancada da Câmara. "O senador não aceitou. Isso é um gesto de apreço (pela bancada)", avaliou.

Amanhã os peemedebistas farão uma reunião para discutir os desdobramentos da crise. Ele reiterou que a bancada não tem o poder de antecipar a convenção nacional do PMDB (cabe apenas aos diretórios estaduais), mas que os deputados podem apoiar ou não a iniciativa.

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