Brasil

Cunha diz que vota medidas do ajuste na próxima semana

O presidente da Câmara disse que pretende colocar em votação duas outras propostas que integram as medidas do governo para o ajuste fiscal


	Eduardo Cunha, presidente da Câmara: propostas são consideradas prioritárias pelo governo
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eduardo Cunha, presidente da Câmara: propostas são consideradas prioritárias pelo governo (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2015 às 20h40.

Brasília - O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira que pretende colocar em votação na próxima semana duas outras propostas que integram o conjunto de medidas do governo para reequilibrar as contas públicas.

Após a conclusão nesta quinta da votação da MP 664, que altera regras de benefícios previdenciários, e da MP665 na última semana modificando o acesso a benefícios trabalhistas, Cunha pretende submeter ao plenário na próxima semana a MP 668, que eleva as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação, e ainda o projeto que reduz a desoneração concedida a 56 setores econômicos.

Enquanto isso, o governo se esforça para rearticular sua base e evitar derrotas na Casa. “Aqui na nossa pauta nós vamos colocar as matérias em votação.

Na terça-feira vota a 668, na quarta-feira vai votar o projeto da 'desoneração da desoneração’ “, disse a jornalistas.

As duas propostas são consideradas prioritárias pelo governo, que se empenha para obter o aval do Congresso para o ajuste fiscal.

Segundo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), é “fundamental” dar continuidade ao ajuste por sinalizar ao país e ao mercado “que estamos ajudando a presidenta Dilma (Rousseff) a retomar o crescimento da economia brasileira”.

A tarefa, no entanto, não deve ser fácil para o governo, já que o relator do projeto da desoneração, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), deve alterar o texto enviado pelo Executivo.

Segundo o deputado, que lidera a bancada do PMDB na Câmara, o parecer do projeto ainda não está pronto, mas deve conter um escalonamento dessa redução da desoneração, a ser iniciada somente em 2016. “Fazê-lo em 2016 daria mais previsibilidade, é uma regra mais justa”, disse Picciani à Reuters, admitindo que isso poderia custar ao governo 5 bilhões de reais de receitas ainda neste ano.

Segundo o líder, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, teria manifestado “preocupação” com a proposta.

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscalCâmara dos DeputadosGovernoPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Brasil espera número recorde de voos da Espanha, que já responde por 13% do volume europeu

Gestão Pochmann quer que sindicato de servidores do Instituto não use mais sigla IBGE no nome

AGU recorre de decisão do TCU que bloqueia verbas do programa Pé de Meia

Investigada no caso Deolane, Esportes da Sorte é autorizada a operar apostas no Brasil