Eduardo Cunha: o pedido foi elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal e conta com apoio de 45 movimentos sociais (Valter Campanato/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2015 às 11h49.
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prometeu nesta quarta-feira, 21, analisar com "toda isenção" o novo pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, protocolado pela manhã por líderes da oposição.
"Vamos processar dentro da normalidade e legalidade", afirmou o peemedebista em breve discurso em seu gabinete ao lado de mais de 10 lideranças do DEM, PSDB, PPS e Solidariedade, após receber a petição.
A petição e as justificativas chegaram à Câmara em três grandes pastas azuis, carregadas pelos parlamentares oposicionistas em um carrinho de ferro.
Elas foram levadas à sala de reuniões do gabinete da presidência da Câmara, onde foram colocadas na mesa junto com uma bandeira do Brasil assinada por deputados da oposição e outros apoiadores do impeachment.
O pedido foi elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal e conta com apoio de 45 movimentos sociais.
Em rápido discurso no gabinete do presidente da Câmara, o líder do PSDB na Casa, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), afirmou que esse não era um movimento da oposição, mas, sim, uma causa da população.
Segundo ele, o PT "se notabilizou" por ter dois dos seus ex-presidentes presos (José Genoino e José Dirceu) bem como dois tesoureiros (Delúbio Soares e João Vaccari Neto).
"É um partido com a marcada da corrupção, e o governo da presidente Dilma também tem a marca da corrupção e da mentira", disse.
Representando os três juristas que apresentaram o pedido, a filha do ex-petista Hélio Bicudo Maria Lúcia Bicudo afirmou que o pedido de afastamento da presidente Dilma apresentado nesta quarta-feira é "para o bem" do País.
Ela defendeu que, em meio à crise pela qual o Brasil passa, os jovens precisam usar suas energias para pedir mudanças. "Como diria Ulysses Guimarães, a praça pública é maior que as urnas", afirmou.