Brasil

Cunha deve autorizar abertura de CPI sobre Funai e Incra

Após fim da CPI da Petrobras, presidente da Câmara vai analisar os três requerimentos de instalação de CPI que aguardam despacho dele


	Eduardo Cunha com lideranças kayapós: primeiro requerimento da fila é o que pede para investigar Funai e Incra na demarcação de terras indígenas
 (Wilson Dias/ABr)

Eduardo Cunha com lideranças kayapós: primeiro requerimento da fila é o que pede para investigar Funai e Incra na demarcação de terras indígenas (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2015 às 20h39.

Brasília - Com o fim da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que vai analisar os três requerimentos de instalação de CPI que aguardam despacho dele e, se todos tiverem fundamento, autorizará a abertura de investigação do pedido mais antigo.

Os três requerimentos que aguardam decisão do peemedebista são os que preveem investigar a demarcação de terras indígenas, as fraudes contra a Receita Federal ou a máfia do futebol.

O primeiro requerimento da fila é que o pede para investigar a atuação da Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na demarcação de terras indígenas e de remanescentes de quilombos.

O pedido foi apresentado em 28 de abril deste ano pelo deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), da bancada ruralista. A instalação dessa CPI parece ser a mais provável, pois, além de o pedido ser o mais antigo, poderá servir como moeda de troca de Cunha com os ruralistas.

O segundo requerimento mais antigo pede para apurar fraudes contra o fisco por parte de bancos e grandes empresas, mediante supostos pagamentos de propinas para manipular os resultados dos julgamentos referentes à sonegação fiscal pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

O pedido foi apresentado em 12 de maio, pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA). Uma CPI para investigar o assunto, contudo, já está instalada no Senado desde 19 de maio, o que reduz as chances de ser aberta outra na Câmara.

O terceiro na fila foi apresentado em 28 de maio pelo deputado João Derly (PCdoB-RS) e pede apuração das denúncias de fraude, suborno e formação de quadrilha de sete dirigentes da Fifa, que foram presos na Suíça, em operação liderada pelo FBI, o serviço de inteligência dos Estados Unidos.

De acordo com o Departamento de Justiça americano, há três brasileiros envolvidos, como o ex-presidente da CPF, José Maria Marin. Um colegiado semelhante, contudo, também já existe no Senado, mas para investigar clubes de futebol brasileiros.

A última CPI instalada na Câmara foi a dos fundos de pensão, cujo requerimento foi apresentado pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR) em abril deste ano.

O colegiado foi instalado em agosto. De acordo com o Regimento Interno da Casa, somente cinco colegiados podem funcionar ao mesmo tempo.

Além da comissão dos fundos de pensão e da Petrobras, estão em funcionamento atualmente a CPI do BNDES, de crimes cibernéticos e maus-tratos de animais.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisEduardo CunhaEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEsportesEstatais brasileirasFifaFutebolIndígenasIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoPolítica no Brasil

Mais de Brasil

Moraes diz que tentativa de atentado em Brasília não é um fato isolado

Moraes autoriza buscas em endereços associados a homem morto em tentativa de atentado

Brasil deixa a COP29, levando na mala tensão com Argentina no G20

Segurança do STF é reforçada com volta dos gradis e maior efetivo da polícia judiciária