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Cunha: 9h de negativas; Os 25mi de Maluf…

Cunha e o trust Durou cerca de 9 horas a defesa de Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara nesta quinta-feira. O deputado foi questionado por parlamentares acerca da mentira que teria dito à CPI da Petrobras, em março do ano passado, quando afirmou não possuir contas fora do país. Em outubro, o Ministério […]

ARAÚJO E CUNHA: ele voltou a afirmar não ser dono do dinheiro no exterior / Adriano Machado/ Reuters

ARAÚJO E CUNHA: ele voltou a afirmar não ser dono do dinheiro no exterior / Adriano Machado/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2016 às 18h59.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h54.

Cunha e o trust

Durou cerca de 9 horas a defesa de Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara nesta quinta-feira. O deputado foi questionado por parlamentares acerca da mentira que teria dito à CPI da Petrobras, em março do ano passado, quando afirmou não possuir contas fora do país. Em outubro, o Ministério Público afirmou ter encontrado contas de Cunha na Suíça. A defesa do deputado afirmou que as contas não são dele, mas de um fundo de trust — entidade que administra bens em nome de terceiros.

Cunha e o trust 2

O tom da sessão foi de ironia, tanto de Cunha quanto de adversários que o pressionavam. Frases de efeito foram disparadas de ambos os lados. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) perguntou a Cunha se “é o trust que bebe vinho de 1.000 dólares” e foi enfático nas críticas. Cunha se limitou a dizer que não era o titular do cartão de crédito usado. Chico Alencar (PSOL-RJ) ironizou o bordão evangélico “In God we trust” (“em Deus eu acredito”), dizendo que o bordão de Cunha, que é evangélico, seria “In trust we trust”. Cunha não respondeu a parlamentares que não eram titulares de vagas no conselho, dizendo que “no plenário daria a atenção que eles merecem”. Ele também afirmou que nunca indicou “um alfinete” no atual governo.

Sem pílula do câncer

O Supremo Tribunal Federal suspendeu a lei aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff que autorizava a venda da fosfoetanolamina, conhecida como pílula do câncer. O produto ficou polêmico depois que pacientes com câncer passaram a entrar na Justiça tentando obrigar a USP a fornecê-lo. Um professor da universidade era o responsável pela pílula, mas, depois que ele se aposentou, a universidade parou de produzi-la. A polêmica ocorre porque não há estudos que comprovem a eficácia da pílula e ela ainda não foi aprovada pela Anvisa.

Temer e as mulheres

O presidente interino Michel Temer encontrou-se nesta quinta-feira com a bancada feminina da Câmara dos Deputados. Ele disse que quer criar um ministério para mulheres e nomear mais mulheres para cargos do primeiro escalão em breve, quando realizar a primeira reforma ministerial. Temer também afirmou que não haverá retrocessos nas políticas de igualdade atingidas até agora.

Para quê?

O presidente do Senado, Renan Calheiros, criticou nesta quinta-feira a indicação do deputado André Moura, do PSC, para a liderança do governo de Michel Temer na Câmara. Calheiros questionou quais seus compromissos e o funcionamento dos trâmites dos projetos entre as casas legislativas: “O que o Parlamento e as pessoas me perguntam é ‘o André Moura para quê?’ ” Moura é um dos mais próximos aliados do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha. As deputadas da oposição não compareceram ao encontro.

Os 25 milhões de dólares de Maluf

A Justiça de São Paulo homologou o acordo entre o Ministério Público de São Paulo e a prefeitura paulistana e os bancos UBS, da Suíça, e Citibank, dos Estados Unidos, que prevê o envio de 25 milhões de dólares que teriam tido movimentação suspeita durante a gestão de Paulo Maluf como prefeito da capital. O superfaturamento é relativo a duas obras de infraestrutura na capital. Estima-se que 300 milhões de dólares tenham sido desviados. Segundo o MP, o dinheiro deve ser usado para a construção do Parque Augusta.

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