Preço da carne deve cair no começo de 2011, prevê Sérgio Vale, da MB Associados (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2010 às 11h12.
São Paulo - A demanda aquecida está pressionando os preços em vários segmentos da economia e não apenas dos alimentos. É esse ponto que justifica a necessidade de alta dos juros pelo Banco Central.
A avaliação é do economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, que participou nesta terça-feira (21) do programa “Momento da Economia”, na Rádio EXAME.
“A inflação de 2010 tem uma grande parcela de alimentação, mas ela não é a grande fonte de preocupação com a inflação que nós temos hoje. A alimentação tem um caráter cíclico e volátil muito grande. O grande problema atual da inflação são os outros elementos que estão subindo justamente por conta de uma demanda aquecida. É essa parte da inflação que o Banco Central tem que prestar atenção e trabalhar para conter a sua elevação.”
A MB Associados projeta, a partir de janeiro, um ciclo de aperto monetário de dois pontos percentuais.
“Porém, a ata do Copom indicou que talvez não aconteça uma alta tão significativa. Talvez o Banco Central comece a trabalhar com um cenário em que ele tente controlar o crédito (por meio de medidas macroprudenciais) conjuntamente com as políticas de juros, mas isso a gente tem que ver nos primeiro meses da nova diretoria do Banco Central.”
Na entrevista (para ouvi-la na íntegra, basta clicar na imagem ao lado), Sérgio Vale analisa o cenário internacional e a pressão do IGP-M sobre o índice oficial de inflação.
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