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Cristovam Buarque defende fim dos partidos brasileiros

Em discurso no Senado, político afirma que “o fim dos partidos” é a bandeira única dos manifestantes, e pede “um tempo para reorganizar os agentes políticos”


	Cristovam Buarque, senador pelo PDT: "nada unifica mais os manifestantes do que a crítica ao partido"
 (José Cruz/ABr)

Cristovam Buarque, senador pelo PDT: "nada unifica mais os manifestantes do que a crítica ao partido" (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 13h56.

São Paulo – O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) sugeriu hoje em discurso no Plenário, o fim dos partidos políticos brasileiros. Segundo ele, essa é a única bandeira que uniria os manifestantes que protestam em diversas cidades brasileiras e obrigaram a presidente Dilma Rousseff a convocar uma reunião de emergência em Brasília.

“Talvez eu radicalize aqui, mas acho que para atender o que eles querem, nós precisaríamos de uma lei: estão abolidos todos os partidos”, disse o senador. Cristovam, então, sugere que se “trabalhe para saber o que pôr no lugar”: novos partidos ou “outra coisa”, afirmou, sem especificar alternativas à organização partidária.

Na sua página oficial do Twitter, o senador reiterou a proposta e se justificou: “povo tem razão: os atuais partidos fracassaram”. Outros usuários da rede social criticaram o senador, que se defendeu afirmando que os atuais partidos são "ruins", e que "continua achando que está certo".

Também no discurso no Senado, Cristovam chegou a afirmar que gostaria de ter participado das passeatas, mas “não poderia”, já que, segundo ele, os manifestantes não aceitam políticos. “Eu só poderia ir às passeatas se pusesse uma peruca e uma barba”, disse.

O protesto de ontem em São Paulo reuniu cem mil pessoas, segundo a Polícia Militar, e foi marcado pela hostilização à partidos políticos e movimento sociais organizados. Os militantes que participavam do ato tiveram de recolher seu material partidário.

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