Correios: "Existem áreas em que os Correios têm dificuldade de entregar nossas contas", disse Eduardo Navarro, diretor da Telefônica (Lia Lubambo/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 15h45.
São Paulo - O diretor-presidente da Telefônica Brasil, Eduardo Navarro, mencionou que a crise de violência no Rio de Janeiro tem afetado os negócios da companhia no Estado. "Existem áreas em que os Correios têm dificuldade de entregar nossas contas. Em outras não podemos manter o estoque de celulares nas lojas de rua, com risco de roubos", citou, durante conferência com jornalistas após a divulgação do balanço anual.
O diretor operacional da Telefônica, Christian Gebara, acrescentou que as situações de violência e criminalidade impactam o comércio de modo geral, com menor fluxo em lojas de rua e em shopping centers.
"Quando há paralisações que afetam o deslocamento, a situação fica mais complicada, porque também afetam as nossas operações", disse ele, referindo-se aos serviços de entrega, instalação e manutenção de produtos e serviços.
O diretor-presidente ponderou, entretanto, que os impactos da criminalidade não são restritos ao Rio de Janeiro e também ocorrem em outros Estados. Além disso, têm um efeito pontual sobre os resultados do grupo, cuja receita líquida totalizou R$ 43,2 bilhões e lucro de R$ 4,7 bilhões no ano passado. "Não chega a ser um efeito significativo, mas nos exige atenção. São coisas pontuais", explicou Navarro.
Questionado sobre suas expectativas para a corrida eleitoral neste ano, Navarro afirmou que não considera nenhuma ruptura no País em função da disputa pela presidência. "O País está maduro, com instituições funcionando bem. Não faz parte do nosso cenário ruptura em função de processo eleitoral", pontuou.