O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso : para ele, UE e Brasil devem intensificar suas afinidades para levar adiante a agenda global. (Frederick Florin/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 11h20.
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, reúnem-se amanhã (24) na 6ª Cúpula Brasil-União Europeia (UE). Os temas que devem prevalecer nas discussões são a crise financeira internacional, os debates no G20 (grupo das 20 maiores economias no mundo) e segurança internacional no Oriente Médio e na África – que enfrentam crises específicas, como no Mali (África) e na Síria (Ásia).
Dilma e Durão Barroso também debaterão questões regionais, como o acordo Mercosul-União Europeia, pois há entraves que ainda necessitam de negociações para dar mais agilidade à execução das propostas. Além disso, serão tratados acordos de cooperação em ciência, tecnologia e inovação, principalmente no âmbito do programa brasileiro Ciência Sem Fronteiras. Temas relativos às alterações climáticas e aos direitos humanos também devem estar na pauta.
As reuniões começam a partir das 10 horas, no Palácio do Planalto, seguido de um almoço e uma declaração à imprensa às 12h30. O lançamento da parceria estratégica entre a União Europeia e o Brasil ocorreu em julho de 2007, em Lisboa, Portugal.
Além de Barroso, participam Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu (órgão político do bloco), o comissário do Comércio, Karel de Gucht. Do lado brasileiro, participarão ministros de várias áreas e Antonio Patriota (Relações Exteriores).
Para Durão Barroso, União Europeia e Brasil devem buscar intensificar suas afinidades para levar adiante a agenda global. Ele disse que está “convencido” de que a União Europeia e o Brasil poderão apontar o caminho para uma “governança multilateral mais forte”, a fim de implementar os compromissos do G20 com “crescimento global sustentável e socialmente inclusivo”.
O presidente do Conselho Europeu (órgão político do bloco), Herman Van Rompuy, disse que o Brasil e a União Europeia têm visões semelhantes sobre justiça internacional e igualdade social.