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Crianças de 10 a 14 anos de 521 cidades vão ser vacinadas contra a dengue, diz ministério

Faixa etária está dentro do que é recomendado pela OMS e foi escolhida também por concentrar o maior número de hospitalizações

Dengue: doença é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti (Joao Paulo Burini/Getty Images)

Dengue: doença é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti (Joao Paulo Burini/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 25 de janeiro de 2024 às 11h37.

O Ministério da Saúde anunciou que crianças de 10 a 14 anos serão priorizadas para a vacinação contra a dengue diante do número limitado de doses. Eles devem começar a ser vacinados em fevereiro. A pasta também selecionou 521 municípios que serão contemplados.

A faixa etária está dentro do que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), dos 6 aos 16 anos.

De acordo com Eder Gatti Fernandes, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, a escolha foi feita levando em consideração que, entre as crianças, o grupo de 10 a 14 anos concentra o maior número de hospitalizações.

A escolha das cidades, segundo Eder Gatti Fernandes, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, seguiu os seguintes critérios: grande porte, mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão de dengue; maior número de casos em 2023 e 2024; predominância do sorotipo 2 da dengue; e a definição das regiões de saúde.

A tônica da fala das autoridades alerta, porém, que embora a vacinação ocorra ao longo do ano, os efeitos não serão sentidos no curto prazo, e destacaram que o foco do combate à doença neste ano serão ações combinadas, com controle do vetor, o mosquito Aedes Aegypti, e conscientização sobre a eliminação dos criadouros dele.

Foi reforçada também a preocupação com o cenário epidemiológico deste ano. Só nas três primeiras semanas epidemiológicas, mais de 120 mil casos prováveis foram registrados antes dos 40 mil da mesma época do ano passado.

"Já a partir de outubro (do ano passado) vemos que a linha de casos está acima do canal endêmico", afirmou Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.

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