Segundo o IBGE 25 dos 27 setores industriais do país cresceram em 2010 (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2011 às 14h39.
Rio de Janeiro - O crescimento recorde de 8,3% na demanda por energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2010 foi impulsionado pela retomada do crescimento econômico, após a crise financeira internacional de 2008 e 2009; pelo aumento da renda das famílias; e pela oferta de crédito voltado ao consumo interno. A avaliação é do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que apurou um consumo médio mensal, em 2010, de 56.577 megawatts (MW). Os dados constam do Boletim de Carga Anual, divulgado hoje (5).
Segundo o ONS, as indústrias em geral aumentaram a produção durante o ano passado, registrando crescimento acumulado de 11,8% até outubro. O perfil generalizado de crescimento atingiu 25 dos 27 ramos industriais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A análise divulgada pelo operador destaca que os maiores impactos sobre a média nacional de demanda de energia foram provocados pelos setores de veículos automotores (26,7%); máquinas e equipamentos (29,2%); e metalurgia básica (21,5%).
Assim como o Subsistema Sudeste/Centro Oeste, que cresceu 8,9% na média mensal de 2010, o crescimento da carga do Subsistema Nordeste também foi superior à média mensal nacional de 8,3%, tendo chegado a 8,5%.
O comportamento do subsistema nordestino ao longo do ano é explicado, principalmente, pelo aumento da produção industrial a partir do segundo semestre de 2009 e ao longo de 2010. Além disso, também contribuiu para esse desempenho o incremento do consumo decorrente da aquisição de eletrodomésticos pelas famílias e por algumas atividades comerciais, segundo explicação do ONS publicada no boletim.