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Cresce número de cidades com políticas voltadas à mulher

Entre 2009 e 2013, o número de cidades com estrutura para a formulação, coordenação e implementação de políticas para as mulheres cresceu 8,8 pontos percentuais


	Lésbicas: em contrapartida, os grupos que envolvem populações indígenas, lésbicas e negras são as categorias em que a atuação das prefeituras é mais reduzida
 (David Silverman/Getty Images)

Lésbicas: em contrapartida, os grupos que envolvem populações indígenas, lésbicas e negras são as categorias em que a atuação das prefeituras é mais reduzida (David Silverman/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 12h43.

Rio de Janeiro - Entre 2009 e 2013, o número de municípios com estrutura para a formulação, coordenação e implementação de políticas para as mulheres cresceu 8,8 pontos percentuais, mostra a Pesquisa de Informações Básicas Municipais, divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, apenas 27,5% dos municípios brasileiros (1.533) tinham, no ano passado, estrutura para essa formulação, contra 18,7% dos municípios contemplados em 2009, quando o tema foi pesquisado pela primeira vez.

Segundo o estudo, nos municípios com até 5 mil habitantes, apenas 12,9% tinham essa estrutura em 2013.

Em contrapartida, nas cidades com mais de 500 mil habitantes, o percentual chega a 97,5%.

No Brasil, quase 70% dos municípios (3.852) têm população de até 20 mil habitantes e menos de um quarto (739) tinham estruturas para a gestão da política de gênero.

Na comparação com 2009, as cidades médias foram as que mais criaram essas estruturas.

Nos municípios com população entre 10 mil e 20 mil habitantes, houve aumento de 71,5%, mas a maior variação em pontos percentuais ocorreu nos municípios com população entre 50 mil e 100 mil habitantes (13,9 pontos percentuais).

Segundo o IBGE, com 1.668 municípios, a Região Sudeste registra o menor percentual de municípios com estrutura de gestão da política de gênero (22,2%).

O Rio de Janeiro apresenta a maior proporção (56,5%) e Minas Gerais a menor (19%).

A região com o maior percentual de municípios com essa estrutura é a Nordeste (33,6% dos 1.794 municípios).

Em Pernambuco, a taxa chega a 77,3%, enquanto na Paraíba fica em 14,3%.

Dos 1.533 municípios com órgão gestor de política de gênero, 61,2% (938) executam ações para grupos específicos, como os das pessoas idosas, com ações em 83,7% dos municípios (785), e as mulheres com deficiência, com 47,9% (449).

Em contrapartida, os grupos que envolvem as populações indígenas (149 municípios ou 15,9%), lésbicas (246 municípios ou 26,2%), e negras (357 municípios ou 38,1%) são as categorias em que a atuação das prefeituras com políticas é mais reduzida.

Em relação à implantação das casas-abrigo de gestão municipal, previstas pela Lei Maria da Penha, a pesquisa constatou que, passados sete anos da aprovação da lei, apenas 2,5% dos municípios contam com essas estruturas.

Nos 3.852 municípios com até 20 mil habitantes, há 16 casas-abrigo. Naqueles com mais de 500 mil habitantes, 61,5% têm esse tipo de estrutura.

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