Brasil

Cremerj faz protesto por melhorias em hospital do Rio

Entre os principais problemas estão a superlotação, a falta de profissionais de saúde e os leitos montados de forma errada


	Bebês no hospital: presidenta do Cremerj, Márcia Rosa de Araújo, diz que são necessários mais concursos públicos para que se reponha o pessoal nos hospitais com salários atrativos
 (Gabriel Bouys/AFP)

Bebês no hospital: presidenta do Cremerj, Márcia Rosa de Araújo, diz que são necessários mais concursos públicos para que se reponha o pessoal nos hospitais com salários atrativos (Gabriel Bouys/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 15h22.

Rio de Janeiro – Centenas de pessoas fizeram hoje (15) manifestação em frente ao Hospital Municipal Salgado Filho, na zona norte do Rio, pedindo melhorias na estrutura e no quadro de funcionários da unidade.

O protesto foi convocado pelo Conselho Regional de Medicina do estado do Rio de Janeiro (Cremerj), depois de uma fiscalização à unidade, que constatou problemas que dificultam o trabalho dos médicos, pondo em risco a saúde dos pacientes.

O Cremerj descreveu as dificuldades em um relatório que foi entregue à Secretaria Municipal de Saúde. No protesto desta manhã, os manifestantes vestiam branco e carregavam cartazes que pediam o apoio da população às reivindicações por melhorias no hospital. Duas viaturas policiais reforçavam o policiamento em frente à unidade.

Entre os principais problemas descritos no relatório do Cremerj estão a superlotação, a falta de profissionais de saúde e leitos montados de forma errada, o que, de acordo com a instituição, contribui para a transmissão de doenças respiratórias.

Segundo a presidenta do Cremerj, Márcia Rosa de Araújo, são necessários mais concursos públicos para que se reponha o pessoal nos hospitais com salários atrativos.

"Estão agora com este programa, o Mais Médicos, para o interior, mas estamos vendo [falta de médicos] aqui, dentro do Rio de Janeiro, no Méier, que é um bairro populoso, com um número enorme de estabelecimentos comerciais e residências. O bairro está desprovido do mínimo que possa ser para o povo ser atendido numa emergência”, disse Márcia.


A médica informou que o Cremerj fiscaliza as unidades de saúde rotineiramente.

“É obrigação do Conselho Regional de Medicina, principalmente para ver as condições em que o médico trabalha. Já entregamos vários à Secretaria Municipal de Saúde. Agora estamos mostrando à população o que está acontecendo. Só o povo na rua é que vai resolver, porque a secretaria não está nem aí para isso”, disse Márcia Rosa.

De acordo com a coordenadora da Emergência e do Ambulatório do hospital, Eneida dos Reis, muitos pacientes ficam em macas durante a internação, e o clima fica muito tenso.

"Maca é para transporte, não é leito”, ressaltou Eneida. Ela disse que o número de pacientes recebidos pelo hospital fica muito além da capacidade de atendimento. "E o número de profissionais não é nem de longe o preconizado pelo Cremerj, pela sociedade, para atender àquela demanda."

“Em dias de maior demanda, pode haver acomodação de leitos acima do ideal, com pacientes em observação”, admitiu a Secretaria de Saúde, em nota. Segundo a secretaria, mais de R$ 6 milhões foram investidos no ano passado em obras e equipamentos no Salgado Filho. De acordo com o planejamento da secretaria, o hospital do Méier será o próximo a receber melhorias já implantadas em outras unidades da rede.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasDireitosHospitaisMédicosMetrópoles globaisRio de JaneiroSaúde

Mais de Brasil

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência