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Creas fazem mutirão para fiscalizar obras da Copa no país

As ações começaram esta semana e vão até o início de novembro

Obras no novo Estádio Nacional de Brasília (Castro Mello Arquitetura)

Obras no novo Estádio Nacional de Brasília (Castro Mello Arquitetura)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2011 às 21h07.

Rio de Janeiro – As obras nos 12 locais que vão sediar jogos da Copa de 2014 estão passando por um verdadeiro mutirão de fiscalização por parte das representações estaduais do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea). As ações começaram esta semana e vão até o início de novembro.

O presidente interino do Crea-RJ, Clayton Guimarães, explicou que objetivo é verificar possíveis irregularidades na condução das obras pelas empresas contratadas, referentes à ausência ou ao desvio de função dos profissionais, principalmente engenheiros.

“Todos os Creas do Brasil vão fazer um pool de fiscalização, inclusive com outros órgãos, no sentido de buscarmos garantir a presença de profissionais e empresas devidamente habilitados na execução dessas obras, no projeto e sobretudo na execução. Para que se tenham as garantias das condições de segurança e de conforto.”

Guimarães frisou que o objetivo não é fiscalizar irregularidades nas licitações e projetos, mas apenas quanto à contratação do pessoal técnico. “A nossa finalidade é verificar o exercício profissional. Se nós identificarmos alguma irregularidade, imediatamente tomamos nossos procedimentos legais. Caso seja necessário, lançamos mão do Ministério Público para ações mais efetivas.”

Segundo o presidente interino do Crea-RJ, é necessária a presença de engenheiros com formação específica para cada parte da obra. “Empresa que tenha multiplicidade de atribuições, como construção civil, área elétrica e mecânica, precisa ter um profissional especialista em cada área como responsável técnico.”

Guimarães sinalizou que, apesar do objetivo principal ser o de fiscalizar a profissão, os engenheiros vão estar atentos a outras irregularidades. “Evidente que nós, enquanto cidadãos, observamos tudo com olhar bastante atencioso em relação ao custeio das obras e aos legados para a população no futuro. Para que não fiquemos com uma série de elefantes brancos espalhados após a Copa do Mundo e as Olimpíadas.”

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