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CPMI suspende acareação para votar em plenário

A decisão de do senador Gim Argello foi resultado de protestos da oposição, que estava receosa com o encerramento "abrupto" da acareação


	O senador Gim Argello: ele decidiu suspender os trabalhos por 15 minutos
 (Ariel Costa/Divulgação)

O senador Gim Argello: ele decidiu suspender os trabalhos por 15 minutos (Ariel Costa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 17h14.

Brasília - O presidente em exercício da CPI mista da Petrobras, senador Gim Argello (PTB-DF), decidiu na tarde desta terça-feira suspender a acareação entre os ex-diretores Paulo Roberto Costa, de Abastecimento, e Nestor Cerveró, da Área Internacional, para que os parlamentares possam votar projetos nos plenários da Câmara e do Senado.

A decisão de Gim foi resultado de protestos da oposição, que estava receosa com o encerramento "abrupto" da acareação.

Os oposicionistas estavam exaltados com a acareação, uma vez que, desde a abertura da CPI, em maio deste ano, nunca tinham ouvido declarações tão contundentes como as de Paulo Roberto Costa.

Ele disse que confirmava "tudo" o que foi relatado em delação premiada. Inicialmente, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que presidia a sessão antes de Gim, anunciou o encerramento da sessão por conta do início da chamada "ordem do dia" - o momento reservado para que os deputados e senadores votem matérias no plenário.

Logo após o anúncio de Faria de Sá, a oposição protestou. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) afirmou que a sessão não poderia ser encerrada de forma "abrupta".

Invocando o regimento interno do Congresso, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) disse que as CPIs poderiam, sim, continuar a ouvir depoimentos, mesmo com o início da ordem do dia.

"Isso foi feito por inúmeras CPMIs. Não estamos fazendo isso para o bem das nossas biografias, a eleição já passou. Isso aqui é um ato patriótico, não é uma comissão menor que tem que ser encerrada porque vai ter uma votação qualquer", defendeu Onyx Lorenzoni, ao lembrar que, na CPI dos Correios, que investigou o escândalo do mensalão, a tradição era continuar os depoimentos mesmo com votações em plenário.

Pressionado, Gim Argello, que voltou a presidir a comissão, decidiu suspender os trabalhos por 15 minutos.

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