À EXAME, Calheiros disse que não postulará cargos na CPMI do 8 de janeiro (Pedro França/Agência Senado/Flickr)
Reporter colaborador, em Brasília
Publicado em 26 de abril de 2023 às 17h39.
Apesar de ter sido aventado como um dos principais nomes para a presidência ou relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que irá investigar os atos criminosos de 8 de janeiro contra as sedes dos Três Poderes em Brasília, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou à EXAME que não irá pleitear um dos cargos.
“Não há [consenso para um nome]. Eu, por exemplo, não postularei, e apoio qualquer nome compromissado com o Estado Democrático de Direito”, afirmou.
Nos bastidores, no entanto, o nome de Renan tem sido apontado, principalmente por parlamentares governistas, como uma opção para um dos cargos. Inicialmente defendia-se que o senador fosse o relator, contudo, a relatoria dever ficar com a Câmara. Nesse caso, a expectativa é que ele presida a comissão.
Calheiros foi relator na CPI da Covid-19, o que na avaliação de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confere ao veterano senador experiência e aptidão para controlar as narrativas da oposição durante as investigações do 8 de janeiro na CPMI instalada nesta quarta-feira, 26.
Os trabalhos no colegiado só devem começar na semana que vem, após os blocos partidários informarem ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os nomes dos indicados para compor o colegiado. Até lá, as lideranças partidárias irão costurar os acordos para indicar o nome do relator e do presidente da CPMI.
Ao todo serão 16 parlamentares do Senado e 16 da Câmara como titulares, mais os suplentes que terão representação de igual número em ambas as casas.