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CPMI aprova quebra de sigilo de Mauro Cid, ex-diretor da PRF e mais 18

Entre os pedidos aprovados estão os que atingem o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, e George Washington de Oliveira Sousa, condenado pela tentativa de atentado a bomba perto do Aeroporto de Brasília

Mauro Cid: tenente-coronel é investigado na CPMI do 8 de janeiro.  (Alan santos/Presidência/Flickr)

Mauro Cid: tenente-coronel é investigado na CPMI do 8 de janeiro. (Alan santos/Presidência/Flickr)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 11 de julho de 2023 às 15h38.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro aprovou nesta terça-feira, 11, requerimentos de quebra de sigilo telefônico, telemático e bancário de 20 investigados.

A lista inclui nomes que já compareceram à CPMI para prestar depoimentos como o terrorista George Washington, o coronel de Polícia Militar (PM) Jorge Eduardo Naime, o coronel de Exército Jean Lawand, o tenente-coronel Mauro Cid e do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.

Os requerimentos aprovados também preveem o acesso dos parlamentar à informações sigilosas de empresas suspeitas de terem financiado os atos golpistas de 8 de janeiro, como a Combat Armor e a Petroleos Miramar Combustíveis. Até mesmo uma empresa de material de construção e venda de madeira, a Cedro do Líbano, passou a ser investigada pelo grupo.

Os parlamentares analisaram um bloco de 197 requerimentos, dos quais 96 foram aprovados. Os documentos abrange, além das quebras de sigilo, a solicitação de informações a órgãos públicos. Os integrantes da CPMI firmaram acordo para excluir os pedidos de novas convocações.

O que a CPMI quer saber de Mauro Cid

Os deputados e senadores querem questionar Cid sobre um relatório da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal que mostra ter sido encontrado no telefone celular de Mauro Cid uma minuta de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). No documento, intitulado “Forças Armadas como poder moderador”, é apresentado um plano baseado numa tese controversa em que militares poderiam ser convocados para arbitrar conflitos entre os Poderes.

O ex-ajudante de ordens também deverá ser arguido sobre os diálogos que manteve com o coronel Jean Lawand Júnior, em dezembro do ano passado, e também foram recuperados em seu telefone. Nas conversas, há frases como "convença o 01 a salvar esse país", "o presidente vai ser preso" e "Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele dê a ordem, que o povo está com ele, cara".

Na oitiva, os deputados e senadores ainda pretendem questionar o ex-ajudante de ordens sobre a tentativa de reaver joias não declaradas da Arábia Saudita no Brasil e ainda sobre gastos da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Nas conversas rastreadas pela Polícia Federa, o militar aparece trocando mensagens com duas de suas assessoras as orientando sobre o pagamento em espécie das despesas.

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