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CPMI 8 de Janeiro: PF ouve ex-comandante do Exército em inquérito que apura omissão de autoridades

Delegados devem questionar o general sobre os motivos pelos quais o acampamento golpista montado em frente ao QG do Exército não foi completamente desmobilizado

O general Arruda foi comandante do Exército por apenas 23 dias (Cb Francilaine/Comando Militar do Leste/Divulgação)

O general Arruda foi comandante do Exército por apenas 23 dias (Cb Francilaine/Comando Militar do Leste/Divulgação)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 27 de junho de 2023 às 16h19.

O general Júlio César Arruda, que comandava o Exército durante os atos golpista de 8 de janeiro, presta depoimento na tarde desta terça-feira na sede da Polícia Federal, em Brasília. Ele será ouvido no âmbito do inquérito 4923, que apura a responsabilidade e omissão de autoridades que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes naquele dia.

A oitiva está marcada para às 14 horas. A informação foi revelada pela coluna do Lauro Jardim.

O que será perguntado ao ex-comandante?

Os delegados da Polícia Federal devem questionar o general sobre os motivos pelos quais o acampamento golpista montado em frente ao QG do Exército não foi completamente desmobilizado antes de 8 de janeiro. Oficiais da Polícia Militar do DF relataram à PF que foram impedidos pela corporação de retirar os manifestantes, em dezembro do ano passado.

Além de ex-comandantes da PM-DF, também são investigados nesse mesmo inquérito o governador do DF, Ibaneis Rocha, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. A investigação tramita no Supremo Tribunal Federal sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Junto com o general Dutra, ex-comandante do Planalto, Arruda participou das discussões sobre a operação que prendeu mais de 1800 pessoas em 9 de janeiro suspeitas de participarem dos Atos Antidemocráticos.

O general Arruda foi comandante do Exército por apenas 23 dias. Ele assumiu o cargo em 30 de dezembro e foi exonerado em 21 de janeiro.

Um dos motivos para a perda do cargo foi a resistência do general em acatar uma ordem do Palácio do Planalto para revogar a nomeação do tenente-coronel Mauro Cid ao posto de chefe do 1º Batalhão de Ações e Comandos, unidade de Operações Especiais sediada em Goiânia. Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Cid está preso suspeito de participar de um esquema de fraudes no cartão de vacinação do ex-presidente

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