Polícia Federal: Duque foi preso pela Polícia Federal no Rio e transferido para Curitiba (Arquivo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2015 às 20h49.
Sao Paulo e Curitiba - O secretário-executivo da CPI da Petrobras, Manoel Alvim, pediu nesta segunda-feira, 16, ao juiz Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato, para que sejam determinados a custódia e o translado do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque para Brasília.
Duque foi preso pela Polícia Federal no Rio e transferido para Curitiba (PR), base das investigações da Operação.
A Comissão foi criada na Câmara dos Deputados para investigar o esquema de corrupção envolvendo a estatal, desbaratado pela força-tarefa da Lava Jato.
No início do mês, a CPI havia decidido ouvir Renato Duque. Ele foi convocado para prestar depoimento em audiência marcada para quinta-feira, 19, a partir das 9h30.
No ofício ao juiz da Lava Jato, o secretário da CPI da Petrobrás argumentou.
"Solicitamos a necessária interveniência de V.Exa. para que o preso possa ser notificado da decisão da CPI, assim como para que seja determinada, com a brevidade necessária, a sua custódia temporária e traslado para Brasília, a cargo da Polícia Federal, garantindo-se assim que o preso seja inquirido nos termos da lei, no dia e hora aprazados, alternativamente nas dependências da Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília ou nas dependências do Ministério Público", pediu Alvim.
Segundo investigadores da Lava Jato, Duque é o elo do PT com o esquema de desvio de dinheiro na Petrobras.
O protagonismo de Duque foi reafirmado na última terça-feira, 10, pelo o ex-gerente executivo da Diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco em depoimento à CPI.
O ex-diretor Renato Duque foi preso pela segunda vez nesta segunda feira. Na primeira vez, em novembro do ano passado, ele questionou a seu advogado, por telefone: "Que País é esse?". A frase batizou a décima fase da Operação, deflagrada hoje.