CPI da Covid ouve representante da farmacêutica Belcher (Marcos Oliveira/Agência Senado/Flickr)
Alessandra Azevedo
Publicado em 24 de agosto de 2021 às 09h30.
Última atualização em 24 de agosto de 2021 às 10h43.
Focada nas negociações por vacinas contra a covid-19, a CPI da Covid ouve neste momento um dos sócios da farmacêutica Belcher, Emanuel Catori. O objetivo da oitiva é esclarecer detalhes das tratativas pela venda de 60 milhões de doses do imunizante chinês Convidecia, do laboratório Cansino, por intermédio da Belcher.
No requerimento de convocação de Catori, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, afirma que o sócio da Belcher já fez transmissões online com Luciano Hang e Carlos Wizard para tratar da venda de vacinas para o Brasil.
A farmacêutica também é alvo de investigação da polícia civil do Distrito Federal na Operação Falso Negativo por suspeitas de superfaturamento na compra de testes rápidos para a covid-19. Os advogados de Catori pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus para que ele possa ficar em silêncio na CPI.
Na quarta-feira, 25, será o depoimento de Roberto Pereira Ramos Júnior, presidente do FIB Bank. De acordo com o requerimento de convocação, o FIB Bank teria elaborado uam carta de fiança irregular, enviada pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde, durante as negociações pela vacina indiana Covaxin.
O último depoimento da semana será de Francisco Araújo, ex-secretário de Saúde do governo do Distrito Federal. Convocado a pedido do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), ele será ouvido na quinta-feira, 26, sobre suposta participação em esquema de corrupção envolvendo a compra de testes rápidos para detectar o novo coronavírus.