CPI da Covid ouve Marcos Tolentino, empresário que teria oferecido carta-fiança irregular no contrato da Covaxin (Marcos Oliveira/Agência Senado/Flickr)
Alessandra Azevedo
Publicado em 11 de agosto de 2021 às 06h00.
Última atualização em 11 de agosto de 2021 às 13h41.
A CPI da Covid ouve nesta momento o diretor-executivo da farmacêutica Vitamedic, Jailton Batista. A empresa produz ivermectina, um dos remédios sem eficácia comprovada para covid-19 incluídos no chamado "kit covid", cujo uso foi defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.
Documentos enviados à CPI mostram que as vendas de ivermectina subiram de 24,6 milhões de comprimidos em 2019 para 297,5 milhões em 2020, alta maior do que 1.105%. No mesmo período, o preço da caixa com 500 comprimidos foi de 73,87 reais para 240,90, ou seja, ficou 226% mais cara.
Em requerimento de pedido de informações feito a Batista, a CPI argumenta que a compra, a distribuição e a indução dos medicamentos do kit covid revelam "inadequado investimento de recursos públicos em medida sanitária desprovida de respaldo científico".
De início, a intenção dos senadores era convocar o empresário José Alves Filho, representante da farmacêutica, mas ele será substituído por Jailton Batista.
Alves Filho afirmou, em ofício, que estaria apto a responder apenas a questões relativas a investimentos fabris e novas aquisições e sugeriu a oitiva de Batista, responsável pela "administração das rotinas diárias".