PF: o relator pediu mais 24 horas de prazo para acrescentar informações, principalmente por causa do indiciamento, pela PF, de sete investigados na Operação Positus (Sergio Moraes / Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2016 às 15h54.
Brasília - Depois de oito meses, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão divulgou na tarde desta terça-feira, 12, o relatório final que será lido pelo deputado Sérgio Souza (PMDB-PR).
A sessão ainda não teve início, mas o documento, com 832 páginas, já foi divulgado.
Conforme adiantou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o texto final pede o indiciamento de até 200 pessoas envolvidas em esquemas fraudulentos que deram prejuízo de mais de R$ 3 bilhões a quatro das maiores entidades de previdência complementar do país.
A votação do parecer está marcada para a próxima quinta-feira, 14. A expectativa é de que o relator faça a leitura de 70 páginas do documento.
A comissão analisou mais detalhadamente 15 casos que apontaram fraude e má gestão dos investimentos feitos pelos dirigentes da Previ (dos funcionários do Banco do Brasil), da Petros (Petrobras), da Funcef (Caixa Econômica Federal) e do Postalis (Correios).
A leitura do parecer deveria ter ocorrido ontem, mas o relator da comissão, deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), pediu mais 24 horas de prazo para acrescentar informações, principalmente por causa do indiciamento, pela Polícia Federal, de sete investigados na Operação Positus.
A investigação recai sobre suspeitas de fraudes no período entre 2006 e 2011 na gestão de recursos do Postalis, o fundo de pensão dos funcionários dos Correios.
Na visão de Souza, o surgimento de novos fatos e informações nos últimos dias tornou necessária a complementação do parecer, o qual prevê dezenas de pedidos de indiciamento, sugestões de aprimoramentos nos fundos e recomendações de melhoria de controle.