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CPI do Futebol aprova plano de trabalho para próximos meses

Proposta prevê que o relatório final deverá ser votado até o fim de novembro


	CPI deverá ouvir presidentes dos clubes Atlético Mineiro, Flamengo, Vasco da Gama, Grêmio, Palmeiras, Sport do Recife e São Paulo
 (Thinkstock/Fuse)

CPI deverá ouvir presidentes dos clubes Atlético Mineiro, Flamengo, Vasco da Gama, Grêmio, Palmeiras, Sport do Recife e São Paulo (Thinkstock/Fuse)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2015 às 20h35.

Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol aprovou hoje (11) o plano de trabalho que vai orientar as investigações nos próximos meses.

A proposta apresentada pelo relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), prevê que o relatório final deverá ser votado até o fim de novembro.

A primeira audiência, na próxima terça-feira (18), deverá ter a participação dos jornalistas Juca Kfouri, Sérgio Rangel, Jamil Chade e José Cruz.

O cronograma estabelece também oitivas dos presidentes das federações estaduais de futebol nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, Pernambuco, do Rio Grande do Sul, Amazonas, Acre e Distrito Federal.

O objetivo é esclarecer aspectos de organização e funcionamento das entidades regionais de administração do desporto, tais como organização das competições, desenvolvimento do futebol regional e das categorias de base, definição de calendário e o relacionamento com as entidades desportivas filiadas.

A CPI deverá ouvir os presidentes dos clubes Atlético Mineiro, Flamengo, Vasco da Gama, Grêmio, Palmeiras, Sport do Recife e São Paulo.

A ideia é compreender a realidade organizacional e financeira dos clubes brasileiros, a relação deles com as entidades de administração do desporto, as relações trabalhistas e a organização das competições nacionais.

Estão previstos ainda depoimentos de representantes de entidades ligadas aos atletas, entre elas, o Bom Senso Futebol Clube e a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol.

Os senadores querem ouvir as demandas e avaliações delas sobre os problemas enfrentados pelo futebol brasileiro, inclusive na área trabalhista.

Os ex-jogadores Pelé, Zico, Ricardo Rocha, Cafu, Carlos Alberto Torres, Roque Júnior também serão ouvidos, os dois primeiros em sessões exclusivas.

Eles deverão ser indagados sobre a organização das competições e a relação dos jogadores com os clubes. Os técnicos Luiz Felipe Scolari, Carlos Alberto Parreira e Dunga serão convidados para falar na CPI.

Em outras rodadas de oitivas, deverão ser convidados ex e atuais dirigentes da CBF, como Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero. A comissão vai abordar a organização da Copa do Mundo da Federação Internacional de Futebol (Fifa) de 2014, ocorrida no Brasil.

Os depoimentos dos dirigentes da CBF é uma das principais objetivos do presidente da comissão, senador Romário (PSB-RJ). Embora o relator tenha previsto que eles fiquem para o final, o presidente tem poder para adiantá-los, se assim desejar.

“Eu concordei com o plano de trabalho do relator, senador Romero Jucá, muito bem feito, muito bem elaborado. A única coisa que não ficou certa foi exatamente as datas que essas pessoas virão aqui, convidadas ou convocadas. Então, dependendo do que for acontecendo durante os próximos dias, no curso natural da CPI, essa possibilidade é realmente viável – antecipar a vinda do ex-presidente da CBF e do atual”, disse Romário.

Para o relator, no entanto, a comissão não pode ficar centrada apenas na CBF e deve servir para ajudar a solucionar os problemas do futebol brasileiro como um todo.

“Nossa ideia é contribuir para a melhoria do futebol. Quero ter, primeiro, uma visão geral, começar a ouvir da base, das federações, passando pelos clubes, para construirmos uma lógica de como funciona o sistema como um todo. Se formos discutir só a gestão da CBF, não vamos ter as informações do que vem a ser o futebol que deságua nela”.

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