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CPI do Cachoeira pede sequestro de bens de 30 pessoas

As 30 pessoas investigadas estão envolvidas com o esquema do contraventor, acusado de comandar um esquema de jogo do bicho e exploração de máquinas caça-níqueis


	A CPI pede ainda a retenção dos passaportes dos integrantes do grupo de Cachoeira
 (José Cruz/Agência Brasil)

A CPI pede ainda a retenção dos passaportes dos integrantes do grupo de Cachoeira (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 10h46.

Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito do Cachoeira encaminhou nesta quarta-feira (19) ao Ministério Público Federal em Goiás ofício solicitando o sequestro de bens de 30 pessoas envolvidas com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, acusado de comandar um esquema de jogo do bicho e exploração de máquinas caça-níqueis em quatro Estados e no Distrito Federal com a ajuda de agentes públicos. A CPI pede ainda a retenção dos passaportes dos integrantes do grupo de Cachoeira. O objetivo é evitar a venda dos imóveis e a fuga para o exterior.

Pelos dados da CPI, Cachoeira possui em seu nome apenas um terreno em um condomínio de Goiânia avaliado em R$ 1,5 milhão. A maioria de seus bens está registrada no nome de seus parentes. Reginaldo Almeida Ramos, um dos irmãos de Cachoeira, tem em seu nome bens avaliados em R$ 17,1 milhões.

Já Andressa Alves Mendonça, atual mulher do contraventor, tem uma fazenda avaliada em R$ 20 milhões, em Brasília.

Andrea Aprígio de Souza, ex-mulher do contraventor, tem um patrimônio estimado de R$ 16,3 milhões, entre apartamentos, terrenos e salas comerciais, e um avião avaliado em R$ 750 mil.

Adriano Aprígio, irmão de Andrea, possui imóveis no valor de R$ 9,4 milhões.

Ex-diretor regional da empreiteira Delta Construções na região Centro-Oeste, Claudio Abreu - acusado de atuar em conjunto com o contraventor na cooptação de agentes públicos - tem bens estimados em R$ 4,6 milhões. Junto com outros quatro sócios, entre eles Adriano e Abreu, Cachoeira também é dono de uma fazenda em Brasília, avaliada em R$ 17,5 milhões.

"Há fortes indícios que a construção desse patrimônio se deu por fraude em licitação ou por jogatina", afirmou ontem o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG). "Quem adquirir estes bens pode estar comprando terreno na lua", observou. "Existe essa possibilidade de integrantes da organização criminosa estarem se desfazendo de seus bens para fugir", disse o vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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