Marco Maia: ele afirmou que apoiará continuidade das investigações do escândalo que atinge estatal (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 15h04.
Brasília - Minutos antes de apresentar seu relatório final dos trabalhos, o relator da CPI mista da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), afirmou nesta quarta-feira, 10, que a comissão de inquérito que investiga suspeitas de irregularidades na estatal ocorreu em uma situação "atípica".
Ele disse que apresentará um relatório que considera bom, com cerca de mil páginas. A reunião de apresentação do parecer do relator ainda não começou.
Segundo o petista, em um tom de ressalva em relação ao resultado final das investigações, a CPI mista foi atípica em relação a comissões passadas devido a quatro fatores.
O primeiro deles é que as apurações começaram paralelamente às investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Em segundo lugar, disse que as investigações ocorreram também em meio ao processo eleitoral.
Em terceiro lugar, citou que a investigação parlamentar se deu à luz de um instrumento novo, a delação premiada. E, em quarto lugar, mencionou o final da legislatura no Congresso.
Marco Maia afirmou que apoiará a continuidade das investigações do escândalo que atinge a estatal.
"Eu aprovo todas as novas investigações que envolvem não só a Petrobras, como os casos que envolvem a Operação Lava Jato", afirmou.
Maia não quis dizer, porém, se assinaria no próximo ano um requerimento de criação de uma nova CPI para investigar a estatal.
Mesmo tendo sido reeleito, ele alegou que a criação de uma nova comissão é assunto que deve ser debatido na próxima legislatura, que contará, conforme citou, com uma renovação de 40% dos parlamentares na Câmara dos Deputados.